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São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2003

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FUTEBOL

Final italiana da Copa dos Campeões só tem gols na disputa de pênaltis

Entre zeros, Dida empurra o Milan ao topo na Europa

Luca Bruno/Associated Press
Jogadores do Milan erguem o troféu da Copa dos Campeões após vitória sobre a Juventus, nos pênaltis, na final na Inglaterra


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O que muita gente esperava ou temia aconteceu ontem em Manchester, palco da decisão do principal interclubes da Europa.
A primeira final italiana da história da Copa dos Campeões não teve gols no tempo normal nem na prorrogação que previa o ""gol de prata". Melhor para o Milan e seu goleiro, o brasileiro Dida, que defendeu três cobranças na disputa de pênaltis e se consagrou.
O time de Milão, que deixou Rivaldo no banco, conquistou seu sexto título europeu -é o segundo maior vencedor do continente, só perdendo em taças para o Real Madrid, nove vezes campeão.
A equipe triunfou com a melhor defesa da competição. Em 17 partidas, levou apenas 14 gols (média de 0,8 gol sofrido por partida). Três dos cinco jogos do Milan no mata-mata terminaram 0 a 0.
Dida assumiu nesta temporada a posição de titular no Milan. Fez 12 jogos na Copa dos Campeões e foi vazado só cinco vezes. Ontem, defendeu as cobranças de Trezeguet, Zalayeta e Montero. A façanha pode ser considerada a maior de um goleiro brasileiro no futebol europeu -historicamente, os arqueiros do país sofrem até para conseguir jogar no continente.
Potencial titular da seleção de Carlos Alberto Parreira, Dida travou duelo com Buffon, goleiro italiano que também é especialista em defender pênaltis -agarrou 12 das 38 penalidades máximas que enfrentou. Ontem, o goleiro da Juventus defendeu duas cobranças -uma de Seedorf, primeiro a ser campeão europeu por três times diferentes. Assim, o placar na disputa de pênaltis foi 3 a 2.
Dida mostrou sua frieza na decisão, pouco comemorando as defesas. Seu time tem alguns dos melhores zagueiros, como Nesta, Maldini, Costacurta e Simic.
A Juventus, que havia tirado a invencibilidade do Barcelona e eliminado o favorito Real Madrid, chegou a ofuscar no torneio a idéia do catenaccio, estilo de jogo baseado na marcação e na força física. Mas sem o tcheco Nedved pouco criou, mesmo com o zagueiro brasileiro Roque Júnior atuando improvisado e contundido na lateral direita -não podia ser substituído e só "fez número".
Juventus e Milan proporcionaram um jogo bom no primeiro tempo e um truncado na segunda etapa. Na prorrogação, quase nada produziram, o que estimulou cenas curiosas. A TV flagrou uma torcedora dormindo. E o juiz alemão Markus Merk acabou a prorrogação antes do tempo normal.


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