|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JUCA KFOURI
Flu, líder já ameaçado
O tricolor carioca não terá vida fácil em suas próximas partidas: uma contra o São Paulo, outra contra o Inter
O FLUMINENSE assumiu a liderança isolada do Campeonato Brasileiro a duas rodadas
da interrupção para a Copa do Mundo da Alemanha.
Ganhou no sufoco do Flamengo,
porque reduzido a dez jogadores por
quase todo o segundo tempo com a
expulsão de Tuta, autor do gol da vitória -1 a 0, no Maracanã.
Não foi um grande jogo, apesar de
ter sido um grande resultado.
Mas o tricolor carioca não terá vida fácil em suas duas próximas partidas. Uma será contra o São Paulo,
no Morumbi, e a outra contra o Inter, no Maracanã, dois óbvios candidatos ao primeiro lugar.
O Flu, enfim, tem os adversários
mais difíceis pela frente dos candidatos ao primeiro posto.
Porque o Santos, por exemplo,
que ganhou bem e sem sustos do Corinthians, terá o duro Grêmio, no
Olímpico, mas também o Botafogo,
na Vila Belmiro.
Já o Inter sairá para pegar o São
Caetano no meio da semana, nada
assustador, apesar da anemia que
parece acometer o time gaúcho
quando às portas da ponta, fragilidade que será mais uma vez posta à
prova no Rio, diante do Flu.
Ontem, de novo, os colorados bobearam, quando tiveram chances de
liquidar o Cruzeiro, no Beira-Rio,
mas ficaram no empate -1 a 1-,
bom apenas para os mineiros.
Inegável que o goleiro cruzeirense
Fábio fechou o gol em pelo menos
dois momentos decisivos, em lances
de Fernandão e Léo. Assim como o
Inter ainda mandou uma bola no
travessão no que foi o melhor jogo
da rodada, mas não o clássico que se
esperava. Muito porque, também,
depois de começar agressivamente,
o Cruzeiro contentou-se com o empate e com as oportunidades desperdiçadas pelo rival.
Oportunidades que o Santos não
tem perdido quando com a obrigação de vencer.
Na Vila, a vitória santista por 2 a 0
nunca esteve ameaçada, nem mesmo pela quase boa atuação de Marcelinho Carioca, que quase tudo que
faz quase dá certo. Mas não será justo esperar dele a solução para um time mal planejado e em baixa.
O clássico paulista, aliás, teve uma
confirmação e uma novidade: confirmou-se que o árbitro mineiro, da
Fifa, Alício Pena Júnior, é dos piores
do país, com uma inusitada capacidade de criar problemas para si mesmo em jogos até fáceis.
O pênalti que ele marcou contra o
Corinthians, defendido por Silvio
Luis, foi dos lances mais risíveis dos
últimos tempos.
E a novidade: Cléber Santana, finalmente, não teve intenção de dar
-embora tenha dado- mais uma
cotovelada no adversário em disputa de bola pelo alto, hábito que adquiriu ainda nos tempos em que jogava no Sport do Recife.
Outro candidato à liderança, o
Cruzeiro, saiu contente de Porto
Alegre e não tem uma semana dura
pela frente, pois recebe o fragilizado
Atlético Paranaense, na quarta-feira, no Mineirão, e vai a Fortaleza, no
domingo, com todas as chances de
ganhar seis pontos.
Resta o São Paulo.
Ao bobear e só empatar com o
Vasco (1 a 1), em São Januário, o tricolor paulista vacilou, mas, mesmo
assim, não ficou longe do topo.
Recebe o Flu e visita o Juventude,
nada fácil, mas a léguas de ser impossível, até porque o impossível
não existe para este São Paulo dos
últimos tempos.
São Paulo e Santos defendem com
algum louvor o futebol paulista.
Em compensação, Corinthians,
Ponte Preta, São Caetano e Palmeiras só fazem envergonhar seus torcedores.
Os do Palmeiras, então...
Perder em pleno Parque Antarctica, para o Grêmio reduzido a dez jogadores desde a metade do primeiro
tempo, é dessas coisas que ninguém
merece.
blogdojuca@uol.com.br
Texto Anterior: Itália: Zambrotta sofre lesão em treino Próximo Texto: Mais jovem, Palmeiras perde a sexta Índice
|