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Painel FC
RICARDO PERRONE - painelfc.folha@uol.com.br
Partido verde
São curiosas as justificativas do grupo do presidente
dos Palmeiras, Affonso della Monica, para convencer
conselheiros a prorrogarem seu mandato por mais
um ano. Uma delas é que a extensão, chamada de golpe pela a oposição, consolidaria a democracia no clube. O cartola precisa de tempo para as transformações. Além disso, a disputa pelo poder numa eleição
após o fim da gestão atual, em dezembro, racharia a
aliança que o colocou lá. Por fim, quem é contra a continuidade precisa ser "republicano", e não "xiita".
Apito final. Apesar do racha escancarado entre a turma do futebol e Affonso della
Monica, os aliados de Gilberto Cipullo dizem que ele só
deixará a vice-presidência de
futebol se o presidente palmeirense pedir. E que a desavença não pode tirar a Traffic
e seus jogadores do clube.
Talento. Colega de Vanderlei Luxemburgo na comissão
técnica do Palmeiras crê que o
treinador vai mostrar agora,
com broncas nos jogadores, a
sua principal vantagem sobre
os outros técnicos: o pulso firme com que controla o elenco. Na parte tática, enxerga
equilíbrio com os demais.
Barulheira. Ontem à tarde, a diretoria do Botafogo
queixou-se com dirigentes corintianos de que os jogadores
não conseguiram dormir por
causa de rojões à noite nas
proximidades do hotel. Os
cartolas paulistas deram de
ombros. Argumentaram que
quem joga longe de casa sempre "sofre de insônia".
Roxo. Claury Santos Alves
da Silva, secretário de Esporte
paulista, fez piada ontem com
o próprio time durante o fórum "Brasil - O país do esporte", em São Paulo: "Como secretário corintiano, criei a segunda divisão dos Jogos Regionais e Abertos".
Bem longe. Por telefone,
Marcelo Teixeira perguntou
se Paulo Autuori aceitaria
treinar o Santos. O técnico recusou o convite. Para deixar o
Al-Rayyan, do Qatar, com
quem está apalavrado por
dois anos, ele teria que devolver um mês de salário e luvas.
Funilaria. O presidente
santista telefonou para Emerson Leão e disse querer investigar quem jogou pedras no
carro do técnico, que já mandou arrumar o Mercedes e
não mostrou empolgação.
Quem cala... Ao ouvir os
motivos de Leão para deixar o
Santos, anteontem, Teixeira
respondeu algo como: "Diante disso, não tenho o que falar". E foram almoçar.
Autógrafo. Ministério do
Esporte e Clube dos 13 pedirão a assinatura de Pelé nas
sugestões de mudança na lei
que leva o nome do ex-atleta.
Cansei. "Acho que o presidente da Câmara é contra as
mudanças na Lei Pelé." É o
ministro do Esporte, Orlando
Silva Jr., respondendo a Dagoberto dos Santos (C13), que
perguntava sobre quando Arlindo Chinaglia (PT-SP), que
preside a Câmara, instalará
comissão para o assunto.
Colaboraram RODRIGO MATTOS e LUÍS FERRARI, da Reportagem Local
Dividida
"Profissionalmente, não tínhamos nenhum
problema. O Leão via os interesses dele, e eu via
os interesses do Santos"
De LUIS ANTÔNIO CAPELLA, diretor do Santos, sobre o seu relacionamento com o ex-treinador da equipe
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