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FUTEBOL
Condutores de bondes elétricos de Nantes, cidade que abriga o confronto contra o Marrocos, ameaçam parar
Greve ameaça torcida no 2º jogo do Brasil
e das agências internacionais
A onda de
ameaças de greves no setor de
transportes às
vésperas da Copa pode atrapalhar a vida dos
torcedores que vão acompanhar a
partida entre Brasil e Marrocos,
no dia 16 de junho, em Nantes.
Os condutores de bondes elétricos da cidade ameaçam iniciar
uma paralisação a partir de 13 de
junho, dia em que ocorrerá o primeiro jogo da competição na cidade (Espanha x Nigéria).
Os sindicalistas do setor ligados
à CGT (uma das principais centrais sindicais francesas) pedem
uma remuneração extra concernente ao aumento de trabalho que
será ocasionado pela Copa do
Mundo (estimado em 70 viagens
extras por dia de jogo).
Na semana passada, a Semitan,
empresa de transportes públicos
de Nantes, havia assinado um
acordo nesse sentido com a CFDT,
outra entidade sindical. A CFDT é
menos radical do que a CGT, que
considerou o acordo insuficiente.
Os bondes elétricos constituem
um dos principais transportes de
Nantes. Em 97, o sistema municipal foi reformado para a Copa.
Ao todo, seis encontros estão
programados para o estádio de
Beaujoire, em Nantes. O acesso ao
estádio deverá ocorrer basicamente via bondes elétricos.
Outra categoria profissional que
está debatendo se entra ou não em
greve durante a Copa é a dos condutores de trens intermunicipais.
Aviação
Com maior impacto sobre a atividade global da Copa, pode ser a
greve dos pilotos da Air France, a
empresa de transporte aéreo oficial da Copa, que vai transportar
todas as delegações, patrocinadores e dirigentes.
O governo francês divulgou ontem que pode ceder a exigências
feitas pelos pilotos, mas o sindicato da categoria manteve a previsão
do começo de uma greve na próxima segunda-feira, dia 1º.
A greve tem uma duração prevista de 15 dias, com a possibilidade de esse período ser renovado.
Impõe riscos, portanto para os
transportes durante a Copa.
A Air France, porém, divulgou
que possui um esquema de emergência para o transporte das equipes, patrocinadores e dirigentes
no caso de uma greve, sem entrar
em detalhes.
Os pilotos protestam contra os
planos da empresa, que é estatal,
de reduzir os gastos com salários
para aumentar a sua competitividade. Ontem, o ministro dos
Transportes, Jean-Claude Gayssot, anunciou que pode ser discutida a não-implantação, com esse
fim, de uma escala dupla de salários, anunciada anteriormente e
combatida pelos pilotos.
Mas a notícia não implicou a
desmobilização da categoria. O
SNPL, principal sindicato de pilotos da Air France, anunciou ontem que vai manter a paralisação
para a partir de segunda-feira.
Como resultado, a Air France já
anunciou, ontem, que vai anular
de 75% a 90% de seus vôos de segunda a quinta da próxima semana.
(RODRIGO AMARAL)
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