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FUTEBOL
"Nosso jogo com eles está distante", diz técnico sobre 3º rival brasileiro na Copa que bateu Arábia por 6 a 0
Zagallo minimiza goleada norueguesa
dos enviados a Ozoir-la-Ferrière
A goleada da
Noruega contra
a Arábia Saudita, 6 a 0, anteontem, em Molde,
não impressionou o técnico
Zagallo, que preferiu fazer pouco
caso do principal adversário do
Brasil na primeira fase da Copa.
"Não estou preocupado com a
Noruega. Nosso jogo contra eles
está muito distante", disse Zagallo, referindo-se à partida de 23 de
junho, em Marselha.
"Além do mais, a Arábia só
perdeu de seis, porque teve dois
jogadores expulsos. É uma situação completamente diferente da
que a Noruega terá contra o Brasil.
Essa goleada não me impressiona."
Mesmo tendo perdido no ano
passado para a seleção escandinava, por 4 a 2, Zagallo diz ter certeza
de que, na França, a história será
outra. "Naquele dia estávamos
cansados, o jogo não valia nada,
aquela derrota não vai se repetir."
Anteontem, Zagallo assistiu, pela televisão, a vitória da França
contra a Bélgica, 1 a 0, pelo torneio
Hassan 2º. "Vi e não gostei.
Nesta Copa, nenhuma seleção vai
apresentar novidades táticas."
O lateral Roberto Carlos concorda com Zagallo.
"As seleções européias jogam
um futebol medonho. Elas se
preocupam só com a marcação,
esperando a chance de fazer um
gol no contra-ataque. A única que
joga bem é a Iugoslávia."
O zagueiro André Cruz, que nem
sabia que a Noruega tinha enfrentado a Arábia, não acha que ela seja o adversário mais difícil do Brasil na primeira fase. Para ele, Escócia e Marrocos devem ser tão respeitados quanto os escandinavos.
Dos brasileiros, quem mais parece se preocupar com a Noruega
é Aldair. O zagueiro teme o atacante Tore Andre Flo, principal
destaque do time. "Além de ser
muito alto, ele tem um ótimo senso de bola. É difícil marcá-lo, porque você não sabe se o melhor é ir
na bola ou ir direto no corpo dele
para desequilibrá-lo."
Independente dos comentários
de Zagallo, o treinador brasileiro
receberá um relatório do espião
Jairo dos Santos e outro de seu
amigo Carlos Alberto Parreira,
técnico da Arábia, sobre o esquema de jogo norueguês.
Para Parreira, o time do técnico
Egil Olsen explora muito bem as
laterais e o meio-campo.
"Eles jogam com cinco no
meio, mas tocam com muita rapidez a bola, colocando-a a todo
momento na área."
Segundo o brasileiro, mesmo em
cobranças de laterais a bola acaba
parando na área. "O Brasil tem
de evitar lances de escanteio e faltas perto da área. Quando eles cruzam, aparecem pelo menos três jogadores bem posicionados para
pegar o rebote."
Além de informações sobre a
Noruega, Zagallo receberá relatórios sobre o Marrocos, que está
sendo observado pelo espião Gilmar Rinaldi, e sobre a Escócia,
primeira adversária do Brasil, cuja
preparação para a Copa está sendo
feita nos Estados Unidos.
Convocação
Ontem, em Oslo, o técnico Egil
Olsen anunciou a lista dos 22 atletas que vão defender a Noruega na
França. Duas das surpresas foram
os nomes do meia Jostein Flo, de
1,90 m de altura, considerado o
melhor cabeceador do país, e do
goleiro Espen Baardsen, que defende a seleção júnior.
Logo depois de ter anunciado a
lista, Olsen viajaria para Casablanca, no Marrocos, para observar a
seleção africana, que hoje joga
contra a França. Noruega e Marrocos se enfrentam em 10 de junho, pela primeira rodada da Copa-98.
(JCA, MD e AGz)
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