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Atacantes culpam pontaria, contusões e vaia
DA REPORTAGEM LOCAL
Neste Brasileiro, os atacantes
não transformam em gols a liberdade dada pelos marcadores, que
é a maior dos últimos anos.
A edição de 2004 tem média de
2,66 gols por jogo. A última vez
que as redes balançaram tão pouco foi em 1995 (2,52 por partida),
de acordo com o Datafolha.
O jogo, porém, corre mais solto.
Também desde 1995 o Nacional
não registra um número tão pequeno de faltas: média de 24,6.
O número de desarmes (126,8) é
o segundo mais baixo desde 1994.
As justificativas dos atacantes
para a escassez de gols são muitas.
Adversários retrancados, obrigatoriedade de marcar e problemas
físicos são as mais comuns.
"Joguei muito tempo com dores
por causa de uma contusão mal
curada", diz o atacante Gil, que ficou sete meses sem marcar.
O atacante do Goiás Alex Dias,
artilheiro do campeonato, com
nove gols, ao lado de Edílson, do
Vitória, tem uma explicação mais
simples: a falta de pontaria.
"Era para eu ter 16 gols no Brasileiro se tivesse aproveitado as
oportunidades. Isso só contando
as chances com o gol vazio. Só
contra o Botafogo era para ter feito sete", afirmou o goleador.
Dorival Júnior, técnico do Figueirense, líder do Nacional, põe
a culpa na maneira como os times
costumam atuar fora de casa.
"Poderíamos ter feito mais gols
se as equipes que viessem aqui
não jogassem só para empatar",
declarou o treinador.
Pressão da torcida, principalmente a de seus próprios clubes,
também entra na lista de explicações dos atacantes para as chances desperdiçadas por eles.
Esse é o caso de Luis Fabiano,
que foi hostilizado pelos torcedores do São Paulo na derrota para o
Palmeiras, anteontem, por 2 a 1.
Ele teve um pênalti defendido
por Sérgio, foi chamado de pipoqueiro pelos torcedores e ameaçou deixar o clube do Morumbi.
No segundo semestre, os gols
podem ser ainda mais raros por
causa da ida de artilheiros para o
exterior, como o palmeirense
Vágner, negociado com o CSKA,
da Rússia.
(RP E PGA)
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