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FUTEBOL
Presidente da CBF dirá hoje a Lula que o time nacional pode ajudar no processo de paz liderado pelos brasileiros
Seleção e Ronaldo se oferecem ao Haiti
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
O presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, vai oferecer ao governo
federal um jogo da seleção com
Ronaldo para ajudar na missão de
paz da ONU no Haiti.
No encontro do cartola com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para hoje à tarde, em
Brasília, Teixeira dirá que a CBF
está à disposição da missão chefiada pelos brasileiros no Haiti.
A decisão da entidade acontece
duas semanas depois de o primeiro-ministro haitiano, Gérard Latortue, ter dito que o Brasil deveria ter enviado, além de militares,
craques da seleção pentacampeã
ao país centro-americano.
De acordo com o premiê haitiano, se o time de Carlos Alberto
Parreira jogasse no país, todas as
milícias se uniriam para ver a partida. "Se as armas forem exigidas
como ingresso, muitos deles as
darão livremente somente para
ver Ronaldo, Cafu ou Kaká."
Segundo assessores de Teixeira,
a partida ainda não tem data marcada, seria disputada apenas após
a Copa América, que começa na
terça-feira, e contaria com a participação de pelo menos uma estrela internacional, Ronaldo.
"O Ronaldo está disposto a fazer
o que for preciso para ajudar a
trazer a paz ao Haiti", disse Rodrigo Paiva, assessor de imprensa do
atleta do Real Madrid e da CBF.
"A causa é nobre. Se der, nós vamos com certeza", declarou o técnico Carlos Alberto Parreira, que
ontem comandou na Granja Comary o primeiro treino com a seleção que vai ao torneio do Peru.
A proposta da CBF faz parte de
estratégia para se aproximar do
Planalto. O cartola, que ficou seis
meses tentando marcar uma audiência com o presidente da República para lhe entregar convite
para a festa do centenário da Fifa,
viu na questão haitiana uma brecha para conversar com Lula.
Por trás da boa vontade da CBF
está a intenção de conseguir o empenho do governo em questões
relacionadas ao futebol.
Entre os pleitos estão o refinanciamento de dívidas dos clubes
com a União e a redação de uma
lei trabalhista específica para o
atleta profissional. A CBF ainda
quer apoio formal do governo na
campanha pela Copa-2014.
Colaborou Sérgio Rangel, enviado especial a Teresópolis
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