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Panamá fica sem bandeira no Rio-07
Crise no comitê local fará 70 atletas competirem sob a égide da Odepa, e medalhas não irão para o país
DA REPORTAGEM LOCAL
Os atletas do Panamá não verão sua bandeira hasteada, não
poderão entoar o hino de seu
país nem vê-lo figurar no quadro de medalhas durante o Pan.
A Odepa, entidade que comanda o esporte nas Américas,
anunciou ontem a suspensão
do COP (Comitê Olímpico Panamenho) de competições oficiais por causa de uma crise interna. E irá pedir ao Comitê
Olímpico Internacional, que se
reúne na próxima semana, na
Guatemala, para também impor sanções ao Panamá.
Os 70 atletas de sua delegação irão competir em 13 modalidades no Rio sob a bandeira
da Odepa. As medalhas que
conquistarem não serão registradas para seu país.
O Panamá soma 45 medalhas
na história dos Pans, mas conquistou apenas dois ouros.
Irving Saladino, líder do ranking mundial do salto em distância, será o principal competidor do país em ação nos Jogos
do Rio. O saltador já atingiu a
marca de 8,56 m. Ele seria o
porta-bandeira da delegação na
cerimônia de abertura.
Saladino treina no Brasil desde novembro de 2004. Veio ao
país em busca de melhores saltos e tranqüilidade. No Panamá, é uma celebridade. E carregava a responsabilidade de aumentar o garimpo de medalhas
de seu país em Pans.
Os problemas no Comitê
Olímpico Panamenho começaram no ano passado, com uma
disputa entre dois grupos.
A Justiça considerou ilegal a
reeleição de Melitón Sánchez à
presidência da entidade. O dirigente é membro do COI.
Em seguida, o presidente da
confederação de judô, Miguel
Vanegas, venceu nova eleição,
obtendo 12 dos 18 votos. Mas
não foi reconhecido nem pelo
COI nem pela Odepa.
Enquanto isso, Sánchez, que
ainda pleiteava o cargo, renunciou em nome de Roger Moscote, da federação de natação. Ele,
no entanto, também não obteve reconhecimento da Justiça.
Moscote fez uma denúncia
contra Vanegas, que teria se
apropriado de forma indevida
de cerca de R$ 230 mil de verba
do COP enquanto esteve no
cargo. Ele esperava que os dirigente fossem chamados para
depor quando foi iniciada a
pressão pela solução da crise.
A Odepa havia dado prazo até
anteontem para o Panamá resolver seus problemas. Na mesma data, Moscote renunciou
alegando questões pessoais.
"Acredito que ele não resistiu
à crise e deixou o cargo por estar desiludido com a pressão da
Odepa", afirmou Franz Wever,
presidente da federação de beisebol e da comissão de interventores nomeada pela entidade pan-americana.
O comitê organizador do Pan
do Rio declarou, por meio de
sua assessoria, que "os problemas do comitê panamenho dizem respeito à Odepa".
Com agências internacionais
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