São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011
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Parceiros da CBF obtêm fatia da Copa 2014 Grupo Águia e Traffic terão direito de venda de pacotes da Fifa RODRIGO MATTOS DE SÃO PAULO Com ligações com a CBF, o Grupo Águia e a Traffic ganharam, em conjunto, o direito da venda de pacotes de turismo oficiais da Fifa para a Copa do Mundo de 2014. A escolha delas para prestar serviços de hospitalidade foi informada pela Traffic. Procurada pela reportagem, a Match, agência de viagens e ingressos da Fifa e responsável pela seleção, não havia confirmado o contrato com as duas empresas até o fechamento desta edição. Pelo acordo, o Grupo Águia e a Traffic poderão negociar 100 mil "pacotes de hospitalidade" da Fifa. Os pacotes incluem ingressos em espaços VIPs nos jogos do Mundial e hotéis de luxo. Trata-se de uma das fatias mais rentáveis da Copa. A Fifa deu à Match a exclusividade na exploração desse setor no Mundial brasileiro. Assim, a entidade máxima do futebol mundial lhe repassa ingressos em setores nobres das arenas. E, no "Acordo para Sediar", a agência da Fifa tem garantias de reservas de hotéis durante o Mundial. O documento é assinado pelo COL (Comitê Organizador Local) e pelo governo brasileiro. Empresas são os principais clientes desses pacotes. Novo operador nessa área, o Grupo Águia, cujo dono é Wagner Abrahão, é a agência de viagens da CBF. Suas empresas organizam as viagens da seleção e a venda de pacotes para Copas do Mundo. Nos Mundiais de 1998 e 2006, as agências SBTR e Planeta Brasil, ambas de Abrahão, foram processadas por torcedores e promotores. Na França, as empresas deixaram de repassar ingressos vendidos a outras operadoras de turismo, o que deixou mil torcedores sem poder entrar nas partidas. Na Alemanha, foram acusadas de lesar consumidores por fazer vendas casadas de bilhetes e pacotes. A CPI do Futebol ainda apontou que a SBTR cobrava preços acima do mercado. E, assim, ganhou R$ 31 milhões entre 1998 e 2000. A assessoria do Grupo Águia não se pronunciou até a conclusão desta edição. A Traffic intermediou o primeiro contrato da CBF e da Nike. Seu dono, José Hawilla, é amigo do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O empresário Eike Batista disputava os pacotes da Fifa, mas sua assessoria não quis comentar o resultado. Colaborou MARTÍN FERNANDEZ, enviado especial a Los Cardales Texto Anterior: Na volta ao Brasileiro, Muricy escala Santos com o que sobrou Próximo Texto: COL nega relação com seleção de empresas Índice | Comunicar Erros |
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