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Reuniões tentam garantir Brasileiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Duas reuniões e um só objetivo:
garantir a realização do Campeonato Brasileiro sem o Remo.
Amanhã, no Rio de Janeiro, o
Clube dos 13 (entidade que reúne
os 19 maiores clubes do país) fará
uma reunião às 9h.
Em seguida, às 11h, na sede da
CBF (Confederação Brasileira de
Futebol), o Conselho Técnico da
entidade se reúne. Fazem parte do
grupo os presidentes dos clubes
participantes do Brasileiro.
E é por isso a pressa.
Antes que o Remo, que pleiteia
uma vaga na primeira divisão do
Nacional, consiga nova liminar
proibindo a realização do torneio
sem a sua presença, o Clube dos
13 e a CBF pretendem oficialmente lançar as regras e a tabela do
torneio, depois da adesão e assinatura dos 28 clubes escolhidos
pela comissão encabeçada pelo
Ministro dos Esportes e Turismo,
Carlos Melles.
Além de Melles, participaram
do acordo a CBF, a Globo (que detém os direitos de transmissão do
torneio) e Pelé.
As chances de o Brasileiro começar no próximo dia 1º aumentaram na última sexta-feira, com a
sentença do juiz Celso Luiz de
Matos Peres, da 47ª Vara Cível do
Rio, que ratificou a liminar obtida
pelo Clube dos 13, dia 18 último,
obrigando a CBF a realizar o Brasileiro com apenas 28 clubes na
elite e sem o Remo.
Os advogados do Clube dos 13
alegam que, mesmo se a CBF não
recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Remo está excluído da divisão de elite neste
ano, já que a decisão da Justiça do
Rio de Janeiro é de mérito.
Apesar da sentença da Justiça
do Rio não eliminar os efeitos da
liminar concedida pela Justiça Federal do Pará na quinta -que
obriga a sua inclusão como o 29º
integrante da elite do futebol-, a
situação é favorável à CBF, que já
tem um histórico de parecer positivo no STJ.
Também na última quinta, o
ministro Nilson Naves, do STJ,
concedeu uma liminar que garantia à CBF a organização do Brasileiro sem o time paraense.
Apesar de tudo, o Remo não se
considera excluído e promete
continuar na Justiça contra a CBF
e o Clube dos 13.
O clube trava uma disputa jurídica por entender que tem o direito de disputar a primeira divisão
do Nacional. O time paraense diz
que tem direito assegurado na elite por ter sido o terceiro melhor
colocado da segunda divisão em
2000 -Copa João Havelange.
E o Remo não vai desistir facilmente. Mário Drumond Coelho,
advogado do clube, afirmou que
já vai contra-atacar amanhã.
A intenção é recorrer ao STJ.
Como foi decisão de mérito da
Justiça no Rio, Coelho acredita até
que teve o trabalho facilitado. Sua
justificativa é que, como virou
uma decisão final, pode ser contestada em qualquer lugar -inclusive em Brasília, onde mora.
Além do recurso ao STJ, o vice-presidente do Remo, Luiz Neto,
deve entrar como opositor à ação
na 47ª Vara do Rio. Com isso, o
objetivo é definir a Justiça Federal
do Pará como o foro adequado
para julgar os dois casos.
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