São Paulo, domingo, 29 de julho de 2001

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Reuniões tentam garantir Brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Duas reuniões e um só objetivo: garantir a realização do Campeonato Brasileiro sem o Remo.
Amanhã, no Rio de Janeiro, o Clube dos 13 (entidade que reúne os 19 maiores clubes do país) fará uma reunião às 9h.
Em seguida, às 11h, na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o Conselho Técnico da entidade se reúne. Fazem parte do grupo os presidentes dos clubes participantes do Brasileiro.
E é por isso a pressa.
Antes que o Remo, que pleiteia uma vaga na primeira divisão do Nacional, consiga nova liminar proibindo a realização do torneio sem a sua presença, o Clube dos 13 e a CBF pretendem oficialmente lançar as regras e a tabela do torneio, depois da adesão e assinatura dos 28 clubes escolhidos pela comissão encabeçada pelo Ministro dos Esportes e Turismo, Carlos Melles.
Além de Melles, participaram do acordo a CBF, a Globo (que detém os direitos de transmissão do torneio) e Pelé.
As chances de o Brasileiro começar no próximo dia 1º aumentaram na última sexta-feira, com a sentença do juiz Celso Luiz de Matos Peres, da 47ª Vara Cível do Rio, que ratificou a liminar obtida pelo Clube dos 13, dia 18 último, obrigando a CBF a realizar o Brasileiro com apenas 28 clubes na elite e sem o Remo.
Os advogados do Clube dos 13 alegam que, mesmo se a CBF não recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Remo está excluído da divisão de elite neste ano, já que a decisão da Justiça do Rio de Janeiro é de mérito.
Apesar da sentença da Justiça do Rio não eliminar os efeitos da liminar concedida pela Justiça Federal do Pará na quinta -que obriga a sua inclusão como o 29º integrante da elite do futebol-, a situação é favorável à CBF, que já tem um histórico de parecer positivo no STJ.
Também na última quinta, o ministro Nilson Naves, do STJ, concedeu uma liminar que garantia à CBF a organização do Brasileiro sem o time paraense.
Apesar de tudo, o Remo não se considera excluído e promete continuar na Justiça contra a CBF e o Clube dos 13.
O clube trava uma disputa jurídica por entender que tem o direito de disputar a primeira divisão do Nacional. O time paraense diz que tem direito assegurado na elite por ter sido o terceiro melhor colocado da segunda divisão em 2000 -Copa João Havelange.
E o Remo não vai desistir facilmente. Mário Drumond Coelho, advogado do clube, afirmou que já vai contra-atacar amanhã.
A intenção é recorrer ao STJ. Como foi decisão de mérito da Justiça no Rio, Coelho acredita até que teve o trabalho facilitado. Sua justificativa é que, como virou uma decisão final, pode ser contestada em qualquer lugar -inclusive em Brasília, onde mora.
Além do recurso ao STJ, o vice-presidente do Remo, Luiz Neto, deve entrar como opositor à ação na 47ª Vara do Rio. Com isso, o objetivo é definir a Justiça Federal do Pará como o foro adequado para julgar os dois casos.



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