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TÊNIS
Sampras, Safin e Norman, maiores oponentes do brasileiro na temporada passada, despencam em rankings mundiais
Rivais de Guga em 2000 somem em 2001
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Início de agosto de 2000. Separados por menos de 200 pontos,
Gustavo Kuerten, Pete Sampras,
Magnus Norman e Marat Safin
travam batalha emocionante pela
liderança da Corrida dos Campeões, o novo sistema de classificação do tênis masculino.
Final de julho de 2001. Enquanto o brasileiro tenta o bicampeonato da Corrida e lidera a lista de
entradas com folga, seus rivais do
ano passado despencam do estrelato de forma vertiginosa.
Nos últimos 12 meses, Kuerten,
que ontem, depois do fechamento
desta edição, enfrentaria o norte-americano Andre Agassi pelas semifinais do Torneio de Los Angeles, foi o único dos quatro duelistas de 2000 que se manteve sempre no alto e com bons resultados.
Safin, Sampras e Norman, especialmente na temporada 2001, vivem um inferno astral.
Nenhum dos três teve o sabor
de conquistar um título até agora
no ano. Dessa forma, depois de
lutarem pelo título da Corrida no
ano passado, hoje ocupam posições intermediárias.
Safin e Sampras estão empatados no 20º lugar. Norman é ainda
pior -ocupa o 32º posto no ranking que considera apenas os resultados obtidos na temporada.
No ano passado, a situação dos
três em agosto era bem diferente.
Com três títulos, Norman, derrotado por Guga na decisão de
Roland Garros-2000, era o segundo colocado da Corrida, com apenas um ponto de desvantagem
em relação a Kuerten, o líder. O
sueco tinha vencido 77% dos jogos disputados no ano, contra
56% de 2001 antes das quartas-de-final de Los Angeles.
O ocaso de Sampras é ainda
mais dramático, já que se trata do
recordista de títulos de Grand
Slam na história.
Com pífios resultados na temporada -fracassou até em Wimbledon, seu palco preferido-, o
norte-americano não aparece
também entre os top 10 do ranking de entradas.
Em 2001, o maior jogador da última década venceu 67% das partidas que disputou -seu pior desempenho desde o final dos anos
80, quando surgiu no cenário do
tênis masculino profissional.
Apesar do "pesadelo" que vive,
o americano se recusa a falar em
aposentadoria -possibilidade
aventada principalmente depois
da sua eliminação no Grand Slam
inglês diante de Roger Federer.
Para Safin, o cenários dos próximos meses é ainda mais assustador. Daqui até o final do ano, o
russo defende quase 80% dos
pontos que tem hoje na lista de
entradas. Se continuar fracassando, pode terminar a temporada
até fora do grupo dos 40 melhores
do mundo.
Até o fim do ano, o russo precisa
defender os títulos do Aberto dos
Estados Unidos e dos Masters Series do Canadá e Paris.
No Torneio de Los Angeles, Safin não passou da segunda rodada
da competição -foi eliminado
pelo belga Xavier Malisse.
Sem títulos na quadra, os adversários de Kuerten no ano passado
sofrem baixas também em suas
contas bancárias.
O faturamento dos três despencou de forma mais acentuada que
as posições nos rankings.
Sem contabilizar os prêmios de
Los Angeles, Norman acumulava
US$ 261 mil em prêmios no ano.
No início de agosto de 2000, tinha
US$ 1,260 milhão.
Sampras já tinha amealhado
US$ 1,469 milhão nos sete primeiros meses de 2000. Agora, não
passa de US$ 427 mil.
Os três grandes rivais de Kuerten em 2000 sofreram problemas
fora das quadras recentemente.
Sampras, depois de seu casamento, que o afastou da quadra
por cerca de três meses, não consegue voltar à forma antiga.
Safin e Norman sofreram contusões que deixaram os dois afastados dos torneios.
O russo ainda elaborou um calendário inchado, em que aparecia mais nos eventos promocionais do que por suas atuações nessas competições.
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