DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Nem socialista, nem comunista. Rogelio Cruz prefere se definir como "um humanista".
"Sou uma pessoa simples, que veio da zona rural e estudou para ser padre porque acredita no homem", disse, acrescentando que leva na mochila um livro de Che Guevara, outro de Gandhi e a Bíblia.
Mas, apesar de dizer que acredita "no grande ideal do humanismo", Cruz é da opinião de que a corrupção é algo intrínseco ao homem latino-americano. "Ela está no sangue. Não foram os melhores portugueses e espanhóis que vieram para cá, e isso nos impregnou a alma."
E acha que impregnou especialmente a classe política. Mas faz exceções. Uma é Hugo Chávez, presidente venezuelano. Outra, Lula. "Ele é uma resposta do povo, alguém que veio de baixo, conhece os anseios populares. Só é pena que, como presidente, às vezes tenha de sentar-se ao lado de Bush."
Sobre o Brasil, costuma fazer elogios. "É um país pobre, como todos nós da América Latina, mas é muito grande e tem mais condições de solucionar seus problemas." Conta ainda que esteve duas vezes no país para "conhecer o programa de atendimento de meninos de rua e ganhar mais experiência para o trabalho com crianças carentes". (EO, GR E JCA)


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