São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2004 |
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VÔLEI Em revanche, estrelas do tri olímpico comandam Cuba e complicam seleção Brasil perde invencibilidade no GP
DA REPORTAGEM LOCAL A força das campeãs olímpicas fez a renovada seleção cubana pôr fim à campanha invicta do Brasil no Grand Prix. Sob o comando de Yumilka Ruiz e Zoila Barros, Cuba marcou ontem, de virada, 3 sets a 2 (20/25, 26/24, 21/25, 25/19 e 15/12) e complicou o caminho brasileiro na competição. Ouro nos Jogos de Atlanta-1996 e Sydney-2000, Ruiz, 26, comandou o ataque caribenho e anotou 26 pontos (ou mais do que um set), sendo três deles de bloqueio. Também campeã na Austrália, Barros, 27, foi a segunda maior pontuadora do time (13) e a principal responsável pelo sucesso do temido saque cubano -marcou dois dos quatro aces da equipe. "Elas estavam mordidas com a derrota por 3 a 0 [na fase classificatória] e entraram muito motivadas e concentradas. A diferença desta partida foi o passe e o saque, fundamentos em que não fomos eficientes", afirmou o técnico Zé Roberto, que elogiou a atuação dos dois destaques cubanos. O jogo de ontem, em Reggio Calabria (Itália), foi equilibrado, com os time alternando momentos de instabilidade. A seleção, que viu Virna completamente apagada, contou com a boa atuação da ponta Érika, da oposto Mari e da meio Valeskinha, que anotaram 17 pontos cada uma. A equipe, no entanto, cometeu muitos erros de saque e desperdiçou sucessivos contra-ataques. No tie-break, o Brasil chegou a abrir 6 a 2, mas se abalou com a variação de saques das rivais e permitiu o empate em 10 a 10. A partir daí, Cuba mandou no jogo. "Temos que estar atentos aos nossos erros. Em Atenas, se isso acontecer, pode ser crucial para a classificação", disse Zé Roberto. A derrota de ontem, além de pôr fim à série invicta de nove jogos no Grand Prix, deixou a seleção em uma situação incômoda. O Brasil precisa vencer a Alemanha amanhã, na Itália, e ainda corre o risco de não ir à semifinal, dependendo do resultado do jogo das alemãs contra Cuba, hoje. As cubanas saem com vantagem e, mesmo se perderem, ainda podem avançar graças a uma combinação de resultados. A atuação de Cuba ontem foi um marco da evolução do time. Após o tri olímpico em 2000, a equipe passou por uma reformulação -só quatro remanescentes enfrentaram as brasileiras. Desde então, a equipe amargou maus resultados até este GP, quando, na fase classificatória, bateu rivais fortes como Rússia e EUA e só foi derrotada pelo Brasil. Texto Anterior: Atenas 2004: Existe trapaça nas piscinas, diz "Thorpedo" Próximo Texto: Doping: Atenas poderá detectar uso de hGH em atletas Índice |
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