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JUCA KFOURI
Exclusivas
Um alto dirigente do Flamengo ligou para outro do Inter e parabenizou-o pelo esquema de evasão de renda
aplicado ultimamente no Beira-Rio. O estádio tem ficado
cheio, mas o público anunciado nunca passa da casa dos 25
mil. Um espanto.
O cartola rubro-negro apenas advertiu seu colega que a
fase final será nos estádios
com capacidade para 40 mil
pessoas e que alguém mais
exigente poderá alegar que o
Beira-Rio não se enquadra
nessa categoria.
Ironias à parte do carioca, o
gaúcho entendeu que no jogo
Inter x Flamengo, no dia 25
de outubro, será conveniente
que o público pagante seja
exatamente igual ao público
presente.
Aliás, quando propuseram à
Receita Federal que a dívida
dos clubes fosse abatida no
mesmo esquema utilizado pela Previdência (com porcentagens das rendas dos jogos), o
secretário Everardo Maciel
não aceitou e usou um argumento singelo. "É que eu conheço futebol e sei como as
coisas funcionam."
O episódio da venda de
Marcelinho, finalmente esclarecido pelo Excel e de inteira
responsabilidade do Corinthians, não é o único nem o
pior entre as barbaridades
praticadas por Zezinho Mansur -o cartola que foi se encontrar com Ivens Mendes no
aeroporto de Congonhas e
nem sequer foi julgado pelo
tribunal da Casa Bandida.
O lateral André quase melou a negociação com o Tenerife simplesmente porque, depois de já ter assinado o contrato, recebeu um telefonema
de Mansur orientando-o a desistir porque o Corinthians lhe
pagaria mais R$ 200 mil para
ficar no clube.
Cabeça confusa como é a de
André, ele topou.
Foi necessário então, por
absurdo que pareça e por absurdo que seja, que o banco
lhe desse os tais R$ 200 mil
para que ele honrasse sua assinatura com os espanhóis.
Na já célebre "entrevista"
dada por Rico Terra na TVE,
ele mais uma vez tentou confundir ao dizer que seus problemas com Pelé começaram
quando, em 1993, a Pelé
Sports & Marketing fez uma
oferta menor que a de outra
empresa para comprar os direitos das eliminatórias da
Copa do Mundo de 1994.
Na verdade, a queixa que
Pelé tornou pública dizia respeito aos direitos do Campeonato Brasileiro de 1992, quando, na CBF, pediram US$ 1
milhão por fora na negociação com sua empresa.
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