São Paulo, sexta, 29 de agosto de 1997.



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JUCA KFOURI
Exclusivas

Um alto dirigente do Flamengo ligou para outro do Inter e parabenizou-o pelo esquema de evasão de renda aplicado ultimamente no Beira-Rio. O estádio tem ficado cheio, mas o público anunciado nunca passa da casa dos 25 mil. Um espanto.
O cartola rubro-negro apenas advertiu seu colega que a fase final será nos estádios com capacidade para 40 mil pessoas e que alguém mais exigente poderá alegar que o Beira-Rio não se enquadra nessa categoria.
Ironias à parte do carioca, o gaúcho entendeu que no jogo Inter x Flamengo, no dia 25 de outubro, será conveniente que o público pagante seja exatamente igual ao público presente.
Aliás, quando propuseram à Receita Federal que a dívida dos clubes fosse abatida no mesmo esquema utilizado pela Previdência (com porcentagens das rendas dos jogos), o secretário Everardo Maciel não aceitou e usou um argumento singelo. "É que eu conheço futebol e sei como as coisas funcionam."

O episódio da venda de Marcelinho, finalmente esclarecido pelo Excel e de inteira responsabilidade do Corinthians, não é o único nem o pior entre as barbaridades praticadas por Zezinho Mansur -o cartola que foi se encontrar com Ivens Mendes no aeroporto de Congonhas e nem sequer foi julgado pelo tribunal da Casa Bandida.
O lateral André quase melou a negociação com o Tenerife simplesmente porque, depois de já ter assinado o contrato, recebeu um telefonema de Mansur orientando-o a desistir porque o Corinthians lhe pagaria mais R$ 200 mil para ficar no clube.
Cabeça confusa como é a de André, ele topou.
Foi necessário então, por absurdo que pareça e por absurdo que seja, que o banco lhe desse os tais R$ 200 mil para que ele honrasse sua assinatura com os espanhóis.

Na já célebre "entrevista" dada por Rico Terra na TVE, ele mais uma vez tentou confundir ao dizer que seus problemas com Pelé começaram quando, em 1993, a Pelé Sports & Marketing fez uma oferta menor que a de outra empresa para comprar os direitos das eliminatórias da Copa do Mundo de 1994.
Na verdade, a queixa que Pelé tornou pública dizia respeito aos direitos do Campeonato Brasileiro de 1992, quando, na CBF, pediram US$ 1 milhão por fora na negociação com sua empresa.



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