São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004

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FUTEBOL

Atuação de Paulo César de Oliveira no 3 a 3 com o Guarani no Morumbi faz Cuca até pensar em abandonar a carreira

Pênalti no final leva o São Paulo ao choro

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo bem que mostrou atitude em campo, virou um jogo que estava perdendo por 2 a 0, mas acabou cedendo o empate aos 49min do segundo tempo e adiou a arrancada pregada pelo técnico Cuca rumo à liderança.
Ao final do jogo, após o gol de Viola de pênalti e o 3 a 3 no placar, confusão foi armada no campo. Cuca acusou o juiz Paulo César de Oliveira de ter chamado dois de seus atletas para a briga. "Não entendo isso. Não sei como um juiz pode chamar dois meninos como Alê e Cicinho para a porrada. Foi esse o termo", disse ele, que, transtornado, afirmou até pensar em abandonar o futebol. ""Estou chorando por dentro."
Após o jogo, Cicinho confirmou a versão do técnico. "Fomos tirar satisfação após o terceiro gol e saber quanto tempo faltava. Ele me chamou para a briga", disse.
Outro que não conseguiu esconder a sua irritação foi Rogério. "Todo jogo é isso. Nas últimas cinco partidas foi assim", disse o goleiro em referência à péssima atuação da arbitragem. Segundo Marcelo Portugal Gouvêa, presidente do São Paulo, Paulo César de Oliveira não apitará mais jogos do clube. ""Vamos entrar com um protesto. Ele passou dos limites."
Se o São Paulo segue invicto em seu estádio, reviveu a sina de sofrer na mão dos times que estão mal na tabela. O time perdeu para Flamengo, Botafogo e Paysandu e agora tropeçou no Guarani.
Com o 3 a 3, o São Paulo soma 45 pontos e segue fora da zona de Libertadores. Já o Guarani tem 25 e segue na zona do rebaixamento.
O time do Morumbi perdeu duas chances de gol com menos de um minuto, mas as velhas falhas da equipe voltaram: erros de passe, excessivo número de faltas (só no 1º tempo foram 19) e muita lentidão para sair da defesa.
Fraco tecnicamente, o primeiro tempo caminhava para um burocrático 0 a 0 quando em um lance de bola parada, o time de Campinas achou o gol. Harisson bateu falta, Cicinho tentou desviar e enganou o goleiro Rogério: 1 a 0.
O São Paulo se recuperava do baque quando Sandro Hiroshi, em jogada individual, foi derrubado na área por Jean: pênalti.
Valdir Papel bateu rasteiro, e Rogério defendeu. No rebote, o próprio Valdir aumentou para 2 a 0, aos 33min. O juiz Paulo César de Oliveira, que fez menção de voltar a cobrança por invasão na área, acabou confirmando o gol.
E foi só a partir daí que o São Paulo acordou no jogo e passou a ter atitude para tentar a virada. Grafite, jogador que havia sido afastado por deficiência técnica, iniciou a reação. Recebeu na área, ganhou do zagueiro e bateu cruzado para diminuir, aos 37min.
O São Paulo cresceu, passou a jogar com velocidade e chegou ao empate num escanteio. Lugano aproveitou disputa na área e, de cabeça, desviou para as redes: 2 a 2, aos 44min. O apagão que tomou conta do Guarani proporcionou a virada ainda na primeira etapa. Diego Tardelli foi lançado em velocidade, carregou a bola e chutou no canto, fazendo 3 a 2.
No segundo tempo, o São Paulo voltou como dono do jogo. Perdeu algumas chances e viu o Guarani apostar em Viola. Ele cobrou duvidoso pênalti marcado nos acréscimos (Lugano tocou a camisa de Simão, que se jogou na área) e fechou o placar aos 49min.

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