São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 2005 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL No primeiro jogo do pós-Robinho, substituto Geílson faz dois no Coritiba e leva a equipe à liderança do Brasileiro Novo camisa 7 brilha, e Santos vai ao topo
DA REPORTAGEM LOCAL No primeiro jogo após o fim da era Robinho, a camisa 7 não perdeu o brilho. Com dois gols, Geílson completou a tarefa do "galáctico" e levou o Santos ao topo do Brasileiro, ao derrotar o Coritiba, na Vila Belmiro, por 2 a 0. Tudo bem que não houve pedaladas nem rompantes de genialidade, mas o aproveitamento de Geílson no primeiro tempo foi elogiável. Das cinco chances que teve, conseguiu converter duas, segundo o Datafolha. "A gente tem feito um trabalho específico de finalização com ele, que tem muita qualidade física", disse o técnico Gallo, satisfeito com a apresentação de seu pupilo. Na Vila Belmiro, porém, o efeito Robinho já se percebe. Depois de um estádio lotado para ver a despedida caseira do atacante, há uma semana, ontem apenas 3.561 torcedores foram assistir à equipe reconquistar a liderança, que o time deixara na quinta rodada. Com isso, o cuiabano de 21 anos chegou a cinco gols no Brasileiro, em noite que o time de Gallo foi feliz. O time tinha desfalques sérios, além dos despachados Robinho e Bóvio, transferido para o Málaga: o meia Giovanni e o volante Zé Elias, suspensos, os contundidos Paulo César e Ávalos. Devido ao forte calor de ontem na Vila, o jogo começou lento, mas ditado pelo Santos, principalmente pelo meia Ricardinho. Tanto que foi a partir dele que a camisa 7, aos 7min, começou a brilhar na partida. O capitão santista cruzou da direita, a bola passou por Douglas e chegou aos pés de Geílson, que tocou para o alto das redes de Douglas, sem chances de defesa. Assustado, o Coritiba continuou assistindo ao passeio do meio-campo santista. Mas o Santos não chegava com perigo, a não ser em um chute de Ricardinho. Até que, aos 20min, Wendell avançou pela esquerda e cruzou rasteiro na área. Geílson apareceu vindo de trás e tocou, devagar, no contrapé de Douglas. Depois do 2 a 0, o Santos começou a ser ainda mais perigoso, perdendo seguidas chances com Léo Lima e Rogério, por cima das traves de Douglas. Do lado paranaense, o único grande susto do primeiro tempo foi aos 45min, quando o Coritiba teve um gol anulado. Carlos Eugênio Simon assinalou impedimento de Renaldo, que cabeceou após passe de cabeça de Alcimar. Logo depois, Wendel fez jogada semelhante à do segundo gol, e Léo Lima tentou tocar de letra para o fundo das redes, mas a zaga desviou o curso da bola. No segundo tempo, o técnico Cuca, do Coritiba, que já tinha feito duas alterações, trocou Alcimar por Marciano, na tentativa de investir na velocidade. A verdade é que o jogo voltou bastante devagar no segundo tempo, muito ainda sob efeito do calor. O Santos não se sentia ameaçado, e o Coritiba não conseguia ameaçar Saulo, pois errava passes demais no meio. Foi então que Gallo começou a fazer alterações na equipe. Tirou Douglas, que esteve bastante apagado, para apostar na velocidade de Basílio nos contra-ataques, e pôs Edmílson no lugar do volante Gavião, cansado. E, sem grande sobressaltos, a equipe de Gallo segurou o resultado até o fim. Poderia ter ampliado aos 34min, no único momento em que Geílson reanimou as saudades de Robinho. Ele desperdiçou para o alto chance cara a cara com o goleiro Douglas, tirando a oportunidade do 3 a 0. O Santos volta a atuar pelo Brasileiro em 7 de setembro, contra o Atlético-PR, em Curitiba, mas ainda recebe nesta semana o Fluminense, pelo jogo de volta da primeira fase da Copa Sul-Americana. Já o Coritiba retorna ao Nacional quando visitar o Palmeiras no Parque Antarctica, no dia 8. Texto Anterior: Só Autuori nega bronca de cartola Próximo Texto: Para santistas, Robinho já virou coisa do passado Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |