COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CÁDIZ

Solução ideal. A entrada de Robinho no lugar do dinamarquês Tomas Gravesen, que ocorreu ontem no segundo tempo, pode ser efetivada para os próximos jogos. E seria a grande saída para o técnico Vanderlei Luxemburgo acomodar todos os galácticos no time titular do Real Madrid.
Desde a contratação do brasileiro, especula-se quem deixará o time. O favoritismo sempre recaiu no capitão Raúl, ídolo para a torcida de Madri e o único representante espanhol entre as estrelas da equipe. Os outros "sacáveis" seriam Ronaldo, Zidane, Beckham ou Júlio Baptista. Para acomodar todos no time, nada melhor do que tirar o mais barato e menos badalado: Gravesen.
O dinamarquês, por sinal, não agradou à comissão técnica no jogo contra o Cádiz. A avaliação é que ele corre demais -por não guardar posição- e comete faltas bobas em locais perigosos.
Se o esquema for mesmo alterado de forma definitiva, Beckham e Júlio Baptista formariam a dupla fixa de volantes e teriam mais obrigações defensivas. Ontem, Baptista, que já atuou nessa posição no São Paulo, agradou. "A mudança melhorou nossa saída de bola", avaliou Luxemburgo. "Eu já havia testado essa opção, posso usá-la mais para frente. O Júlio foi muito bem", disse.
O único problema de escalar o quarteto ofensivo -com Raúl, Zidane, Robinho e Ronaldo -seria a falta de reservas. Se eventualmente um dos quatro não puder jogar, Luxemburgo teria como opções Michael Owen e o espanhol Javier Portillo.
Mas Owen, que perdeu muito espaço com a saída de Robinho, está a ponto de acertar sua transferência para o inglês Newcastle. Como ele negocia sua saída do clube, Luxemburgo não o relacionou nem para ficar no banco de reservas em Cádiz.
O técnico brasileiro gosta do inglês e gostaria de mantê-lo no grupo, mas Owen quer atuar como titular na temporada para garantir a posição na seleção inglesa que vai à Copa de 2006.(JG)

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