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Descalibrado
Com atacantes em baixa, Brasileiro tem menor média de gols desde 2003 e um meia como artilheiro
Eduardo Knapp/Folhapress
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Ronaldo, que forma dupla de ataque com Iarley, hoje
DE SÃO PAULO
A volta de Ronaldo ao Corinthians significa um alento
para uma competição em
que há escassez de gols.
Até aqui, esta edição do
Campeonato Brasileiro tem a
menor média de gols desde
que os pontos corridos foram
adotados, em 2003.
Após 16 rodadas, o Nacional registra 2,42 gols por jogo, média muito abaixo das
sete edições anteriores disputadas sob o atual formato.
O edição de 2010 já teve
três rodadas em que a média
de gols não passou de dois
por jogo. É a maior estiagem
dos últimos anos. Somadas
as 76 rodadas dos torneios de
2008 e 2009, foram apenas
três aquelas com média inferior a dois gols por partida.
"Quanto mais o campeonato avança, mais difícil fica", argumenta o treinador
corintiano Adilson Batista.
"Os times vão ficando mais
preocupados e por isso defendem mais", explica.
A última rodada teve a menor média de gols da história
dos pontos corridos: 1,5 por
jogo. O recorde anterior era
da quarta rodada de 2008
(1,6 tento por partida).
Outro fator que diz muito
sobre a produção ofensiva
deste Brasileiro é a artilharia.
O goleador da competição
até aqui é um meia (o corintiano Bruno César), algo que
aconteceu somente duas vezes nos últimos 20 anos.
Nas duas últimas décadas,
só o gremista Rodrigo Fabbri
(em 2002) e o flamenguista
Zico (1982) foram artilheiros
de um Campeonato Brasileiro sem serem atacantes.
Bruno César tem oito gols
em 16 rodadas, média de 0,5
por partida. No ano passado,
foi exatamente esse o índice
dos maiores goleadores, Diego Tardelli e Adriano (19 gols
em 38 rodadas).
Nenhum dos grandes candidatos a artilheiro deste Brasileiro deslanchou.
Alecsandro, Tardelli, Washington e Wellington Paulista começaram esta 17ª rodada com apenas seis gols, empatados com Roger, do Guarani. Entre os atacantes que
defendem times paulistas, só
o santista Neymar e o palmeirense Ewerthon se destacam,
com cinco gols cada um.
No Corinthians, a artilharia se concentra mesmo em
Bruno César, que é o maior
fominha da competição.
O camisa 10 é quem mais
finaliza em todo o campeonato -quatro vezes por partida, empatado com o atacante
Jonas, do Grêmio.
O meia já admitiu que,
quando Ronaldo voltar a jogar, mudará seu estilo. "Eu
faço questão de deixar o Ronaldo na cara do gol", declarou Bruno César.
A volta do camisa 9 também pode ser o fim de um
trauma. O time ainda não fez
gols de pênalti neste Campeonato Brasileiro.
Chicão perdeu as duas
oportunidades que teve e foi
substituído na função por
Bruno César, que também
perdeu. Hoje, se houver um
pênalti no primeiro tempo,
Ronaldo vai cobrar.
(MF)
CORINTHIANS
Júlio César; Alessandro, Chicão, Paulo
André e Roberto Carlos; Edu, Jucilei,
Elias e Bruno César; Iarlei e Ronaldo
T.: Adilson Batista
VITÓRIA
Viáfara; Eduardo, Thiago Martinelli, Wallace e Egídio; Vânderson, Ricardo Conceição, Henrique e Renato; Elkesson e Júnior
T.: Toninho Cecílio
Estádio: Pacaembu
Horário: 16h
Juiz: Célio Amorim (SC)
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