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FUTEBOL
Corinthians e São Paulo, que se enfrentam hoje no Pacaembu, têm os melhores ataques do Brasileiro
Clássico reúne potências ofensivas
PAULO COBOS
da Reportagem Local
Os dois times que estão salvando a média de gols do Brasileiro-99 do fiasco se enfrentam às 17h
de hoje no Pacaembu.
Corinthians e São Paulo, apesar
de viverem momentos opostos (o
primeiro é líder da competição,
com aproveitamento de 100%, e o
segundo vem fazendo campanha
irregular), são responsáveis por
38 gols -22%- dos 174 já marcados no torneio, sem considerar
os jogos de ontem.
O Corinthians tem a melhor artilharia do Brasileiro, com 22 gols
em seis jogos -média de 3,7 por
jogo. O São Paulo aparece em segundo lugar no ranking dos ataques mais produtivos, com 16 gols
em seis partidas -média de 2,7.
As outras 20 equipes do campeonato marcam, em média, 1,1
gol por partida.
""Será um bom jogo, porque são
duas equipes ofensivas", disse
Paulo César Carpegiani, técnico
do São Paulo. ""Dificilmente algum time joga com três atacantes,
mas, se você reparar, há vários
momentos em que nós aparecemos com três lá na frente."
Para Oswaldo de Oliveira, treinador corintiano, ""é bom enfrentar um time ofensivo, que busca o
gol e abre espaço lá atrás".
Oliveira acha que será um jogo
perigoso, mas aposta no favoritismo corintiano. ""Acredito mais no
meu ataque", afirmou.
Para o atacante Edílson, o Corinthians sempre teve vocação
ofensiva. Mas, neste momento,
principalmente, graças à atuação
de seu meio-campo, a situação
tem ficado mais tranquila para
quem joga no ataque.
""Nossos volantes têm características de meias de ligação, e isso
ajuda bastante a gente que está lá
na frente", comentou.
Se não fosse por Corinthians e
São Paulo, a média de gols do Brasileiro-99 cairia de 2,64 por jogo
para 2,22. Em outras palavras, faria despencar o atual campeonato
do 7º para o 20º lugar no ranking
de médias de gols dos Campeonatos Nacionais.
Na competição de 1999, a dificuldade das demais equipes em
marcar é tanta que seis times ainda não conseguiram superar a
modesta média de um gol por
partida. Até o Guarani, que, antes
dos jogos de ontem, era o terceiro
colocado no campeonato, tem
média de 0,86 gol por partida.
Em 98, diferentemente do que
acontece agora, apenas o rebaixado Bragantino não conseguiu superar esse patamar ofensivo.
Além do melhor ataque do
campeonato, o time do técnico
Oswaldo de Oliveira tem o vice-artilheiro do torneio -Luizão,
com oito gols-, além de Marcelinho, que divide com o são-paulino França o terceiro lugar na lista,
com seis cada.
A força ofensiva de Corinthians
e São Paulo não é fenômeno restrito apenas ao Brasileiro-99. No
primeiro semestre, os dois times
também mostraram eficiência.
No Paulista-99, as equipes, com
os são-paulinos à frente, foram as
que mais marcaram.
O segredo de seus ataques está
no bom aproveitamento das
chances criadas, já que, no tocante ao número de finalizações, seus
números são semelhantes à média das competições.
O Corinthians, por exemplo, finaliza, em média, 15 vezes por jogo, contra média de 14,5 do Brasileiro. A do São Paulo é um pouco
menor -14,3 por partida.
Em compensação, para uma
média geral de 33% de precisão
nas finalizações, o Corinthians
consegue um índice de 48%, enquanto o São Paulo tem 38%.
Defesas
Se no ataque o Corinthians e o
São Paulo têm se destacado, o
mesmo não acontece no desempenho defensivo.
Apesar de ter a melhor campanha do torneio, o Corinthians tinha, até ontem, apenas a décima
melhor defesa -1,17 gol sofrido,
em média, por partida.
Para o São Paulo, no entanto,
com média de 1,5 gol sofrido por
jogo, a situação é ainda mais grave. Para o time dirigido por Paulo
César Carpegiani, os problemas
defensivos podem lhe custar a
classificação para as finais, meta
que a equipe não conseguiu nos
últimos quatro anos.
""Contra o Corinthians, vamos
ter de melhorar a marcação", disse Carpegiani.
Colaboraram João Carlos Assumpção e
Maércio Santamarina, da Reportagem Local
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