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Clubes usam TV, videogames e comida para promover museus
da Reportagem Local
É um atraso ter só uma sala de
troféus para guardar a memória
de um clube, mas também não
basta ter um museu para amontoar camisetas, fotos e flâmulas.
Essa foi a conclusão do debate
""Futebol e História", que reuniu
diretores de museus esportivos na
semana passada em São Paulo.
""Um museu de futebol não pode ser apenas contemplativo. O
visitante tem de interagir", afirmou José Santos, diretor da empresa Museu da Pessoa, que montou o acervo do São Paulo e fará o
mesmo com Santos e Flamengo.
A receita, então, é trazer videogames, pebolim, futebol de botão,
monitores de TV mostrando gols
e depoimentos, holografias e telas
com efeitos tridimensionais.
Além disso, colocar restaurantes temáticos e lojas de produtos
licenciados na entrada e na saída
do museu. ""Mas não adianta pegar umas ilustrações e jogar na
parede. O restaurante temático vira uma salada", concluiu Santos,
que disse já ter consultado 15 clubes, que por problemas financeiros não fizeram seus museus.
Até agora, São Paulo, Lusa, Grêmio, Inter-RS e Grêmio já montaram seus museus, com diferentes
resultados -o são-paulino tem
recursos interativos, enquanto o
da Lusa está bastante defasado.
Já Flamengo, Santos e Atlético-MG começaram suas pesquisas
para organizar seus acervos. O
Atlético-PR tem o espaço ainda
vazio para o museu em seu novo
estádio. Já Palmeiras, Corinthians
e Cruzeiro seguem apenas com
suas salas de troféus.
Pelo mundo, além dos museus
da Fifa e do COI (Comitê Olímpico Internacional), ambos na Suíça, há vários montados por clubes, como o de Ajax, Milan, Manchester United e Barcelona -este
último é o mais antigo (15 anos) e
inspirou os outros.
O museu catalão é o quarto
mais visitado na Espanha (mais
de 1 milhão de pessoas ao ano),
sofreu três ampliações e arrecada
R$ 3 milhões anualmente.
""O museu tem de estar no estádio ou estará fora de contexto.
Afinal, é lá que se forja a história",
disse Albert Pujol, diretor do Museu do Barcelona.
Já o projeto da Confederação
Brasileira de Futebol de fazer um
memorial da seleção brasileira no
Rio continua ""incipiente", apesar
de estar no acordo assinado em
1996 com a multinacional Nike.
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