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FUTEBOL
Depois de três rebaixamentos seguidos, equipe estréia hoje na Série C enfrentando o Vila Nova-MG
Fluminense busca prestígio perdido
da Sucursal do Rio
No fundo do poço, o Fluminense estréia na Série C do Campeonato Brasileiro, hoje à tarde, contra o Vila Nova-MG, em Nova Lima, tentando resgatar o prestígio
perdido nos últimos anos.
""Agora é vencer ou vencer",
afirmou o vice-presidente de futebol da equipe carioca, Francisco
Horta, que assumiu o cargo no
início do ano.
O clube, um dos mais tradicionais do futebol carioca, vive desde
1996 a maior crise de sua história.
Na ocasião, o time iniciou a sequência de campanhas desastrosas e foi rebaixado pela primeira
vez para a Série B do Brasileiro.
Com um forte lobby de seus influentes torcedores -o ex-presidente da Fifa João Havelange é
um deles-, o clube pressionou a
CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) e virou a mesa em 97.
Apesar da ajuda, o clube novamente decepcionou e foi rebaixado para a segunda divisão.
Sem comando e prestígio, o time disputou a Série B em 1998.
Novo fracasso. O clube caiu então
para a Série C.
""Não podíamos ter chegado
aqui. Porém, temos que pensar
apenas no futuro para voltar à elite do futebol brasileiro pela porta
da frente", disse o técnico Carlos
Alberto Parreira.
Com um elenco sem grandes jogadores, o principal trunfo do clube carioca é o ex-treinador da seleção brasileira, que conquistou a
Copa do Mundo de 1994, nos
EUA. Parreira está no clube desde
o início da temporada.
Independente financeiramente
e torcedor do Fluminense, Parreira montou um projeto para o clube até o ano 2000.
Desde o início do ano, ele já recusou várias propostas de clubes
de prestígio no país e no exterior
-Corinthians, Santos, La Coruña (Espanha), entre outros.
""Tenho um compromisso comigo mesmo de levantar o clube.
Por isso, estou aqui", justificou
Parreira, que no primeiro semestre fracassou com o time no Campeonato Carioca.
A contratação do treinador resgatou parte da credibilidade do
clube. Após a série de fracassos do
time -que levou dois presidentes à renúncia nos últimos três
anos-, o atual presidente do clube, David Fischel, está conseguindo sanear as finanças do clube.
Dentro do campo, o principal
destaque é o atacante Roni, que
está na seleção brasileira. Apesar
da falta de jogadores de prestígio,
Parreira não esconde a empolgação com a equipe.
""O time está muito solidário.
Agora, temos que mostrar que o
Fluminense é o favorito", disse o
treinador, após os treinos da equipe na Granja Comary, em Teresópolis, região serrana do Estado do
Rio de Janeiro.
Além do Vila Nova (MG), o Fluminense enfrentará na terceira divisão, pelo Grupo D, o Serra (ES),
o Dom Pedro (DF), o Anapolina
(GO) e o Goiânia (GO).
Antidoping
Preocupado com o clima que
vai enfrentar na Série C, a diretoria do clube decidiu pagar a realização de exames antidoping em
seus jogos. Quatro atletas farão os
exames -dois de cada time.
A Confederação Brasileira de
Futebol não paga os exames da
terceira divisão do Nacional. A diretoria do clube gastará cerca de
R$ 1.200 por partida.
A entidade, porém, vai ajudar,
pela primeira vez, os clubes que
vão disputar a Série C.
A CBF vai descontar 3% da renda de todos os jogos da primeira
divisão para a criação de um fundo de ajuda nas viagens e hospedagens da Série C.
NA TV - Vila Nova-MG x
Fluminense, na Sportv, ao
vivo, às 14h
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