JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Reportagem Local

Nem Franca e muito menos Ribeirão Preto. O principal jogo da rodada de hoje do Campeonato Paulista de Basquete masculino é uma prova de que o mapa de forças da modalidade está mudando no interior de São Paulo.
Tilibra-Copimax/Bauru e Casabranquense, que se enfrentam à noite em Bauru (345 km a noroeste de São Paulo), despontam como as principais surpresas do torneio, ainda abalado pela saída de algumas estrelas para o Rio.
A surpresa é motivada pelo fato de os dois times -e suas cidades- não terem tradição entre a "elite" do basquete no interior de SP, reduto da modalidade.
Outro ponto em comum entre os dois times é o apoio às categorias de base. As duas cidades são tradicionais nos campeonatos juvenis do Estado.
O Casabranquense tem ainda em sua equipe titular jogadores revelados na cidade, e 5 dos 13 principais atletas do Tilibra-Copimax/Bauru são juvenis.
O Casabranquense, de Casa Branca (265 km ao norte de São Paulo), cidade com cerca de 25 mil habitantes, estréia na primeira divisão neste ano, após a conquista do título da segunda em 98.
Nas primeiras rodadas do campeonato o time ainda era olhado com descrédito pelos adversários, mas o respeito veio após vitórias sobre equipes como COC/ Ribeirão Preto e Hebraica.
Na classificação geral, entre os 16 participantes do torneio, até a rodada de ontem, o Casabranquense estava atrás apenas de Valtra/Mogi, atual campeão paulista, e Marathon/Franca, atual campeão nacional.
O elenco é pouco conhecido dos paulistas e tem como destaques o pivô Leonardo e o Ala Ricardo, que jogavam no Sul. O treinador é Marco Antônio Aga.
"A participação da equipe está surpreendendo a própria cidade, que tem se entusiasmado com os jogos", diz Assyr Carvalho, coordenador do clube.
Do lado do Tilibra-Copimax/ Bauru, que, se não é um "desconhecido" também não pode ser considerado uma potência do basquete de São Paulo, a surpresa é o fato de o time já ser apontado como favorito ao título.
A equipe fez sua estréia em Paulistas em 97, mas tem como ponto alto de sua trajetória até hoje o quarto lugar no Nacional-99.
O retrospecto surpreende o próprio treinador da equipe, Guerrinha. "Hoje nós estamos competindo com forças tradicionais do basquete", diz.
Em quadra, o time tem como destaques os pivôs Gema e Brasília e o armador Mauri.


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