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SAIBA MAIS
Ricos desabam, e excluídos vão mais ao pódio
DO ENVIADO A ATENAS
Não é só com o Brasil que o
Terceiro Mundo foi bem na Paraolimpíada de Atenas. Enquanto a maioria dos países
mais ricos viu seu número de
medalhas cair, os pobres vão
embora da Grécia com bons
motivos para comemorar.
Em Sydney-2000, os integrantes do G-7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão) ficaram
com 585 medalhas, sendo que
183 foram de ouros.
Agora, em Atenas, esse grupo
abocanhou 478 pódios, sendo
que 148 no lugar mais alto.
Símbolo de país abastado, a
Suíça ganhou apenas dois ouros nas arenas esportivas gregas -em Sydney, foram oito.
Boa parte das medalhas perdidas pelos ricos ficou com países sem grandes recursos.
Os africanos foram ao pódio
117 vezes e levaram 50 ouros.
Há quatro anos, na Austrália,
haviam sido 101 medalhas -38
delas do metal mais precioso.
Com uma equipe recheada
de amputados por minas terrestres, Angola ficou com três
ouros. Em Sydney, a ex-colônia
portuguesa passou em branco.
Entre os latino-americanos,
além do Brasil, destacou-se o
México, que ganhou 14 ouros,
ou quatro a mais do que obteve
nos Jogos de Sydney.
(FI)
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