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Renault descarta usar "supermotor"
Gero Breloer/Efe
![](../images/s2909200601.jpg) |
Pôster de Fernando Alonso, atual campeão da F-1, é exposto no autódromo de Xangai, que receberá no domingo o GP da China
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Time tinha trunfo na manga, mas fator confiabilidade pesou para o GP da China, o antepenúltimo do Mundial de F-1
Reação ferrarista, que pôs Schumacher a apenas dois pontos de Alonso, não é suficiente para escuderia francesa alterar estratégia
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A XANGAI
A Renault até cogitou mudar
de postura e apostar em estratégia mais agressiva para o GP
da China. Mas optou pela receita antiga: em nome da regularidade que na primeira metade
do Mundial lhe deu larga vantagem sobre a Ferrari, a equipe
francesa disputará as corridas
da Ásia com a versão mais conservadora do seu novo motor.
Se for necessário, a especificação mais potente correrá
apenas no Brasil, na etapa decisiva do campeonato. Na avaliação do time, o propulsor agüenta uma corrida completa, mas
seria temerário instalá-lo já nos
seus carros para correr as etapas de Xangai e de Suzuka.
O regulamento da F-1 determina que cada motor precisa
durar duas corridas. Em caso
de quebra e troca, o piloto é punido com a perda de dez posições no grid, risco que os franceses preferiram não correr.
Em Xangai, neste fim de semana, os dois pilotos da Renault têm direito a novo propulsor. O mesmo acontece com
a dupla de sua rival, a Ferrari.
A idéia de lançar mão de um
"supermotor", com a potência
extra mantida em sigilo, foi a
resposta dos engenheiros franceses à recuperação da escuderia italiana no Mundial.
Em junho, ao fim da primeira
metade da temporada, no Canadá, Fernando Alonso tinha
25 pontos de vantagem sobre
Michael Schumacher. A folga
da Renault para a Ferrari era de
24 pontos. Hoje, a dianteira do
espanhol caiu para 2 pontos. O
Mundial de Construtores, os
italianos já viraram: 168 a 165.
A ameaça, porém, não foi capaz de dobrar os dirigentes.
Horas antes do primeiro treino
livre em Xangai, eles recuaram.
Assim, Alonso e Fisichella correrão na China e no Japão com
motores mais fortes do que os
anteriores, mas dentro de uma
margem de segurança.
Um olhar para o passado recente: foi apostando na confiabilidade que o espanhol dominou a abertura da temporada.
Nas nove primeiras corridas,
Alonso foi ao pódio em todas
-seis vitórias e três segundos
lugares. Nas mesmas provas,
Schumacher obteve seis pódios
-duas vitórias e quatro segundas posições- e, pecado no
atual sistema da F-1, ficou um
GP sem pontuar (Austrália).
A reação ferrarista começou
na segunda parte do campeonato. Até agora, de seis provas,
o heptacampeão venceu quatro. O espanhol, nenhuma.
Schumacher só encostou de
vez, porém, quando Alonso cometeu o tal pecado: não pontuou na Itália, vítima justamente da quebra do motor.
A força das duas adversárias
neste fim de semana começaria
a ser medida na madrugada de
hoje, com os primeiros treinos
livres em Xangai. A sessão que
define o grid será realizada na
próxima madrugada, a partir
das 3h (de Brasília), com TV.
Segundo Alonso, o problema
que causou seu abandono não
preocupa. "Nos testes depois da
corrida descobrimos exatamente a causa da quebra, então
não tenho nenhum receio", disse o espanhol, que voltou a criticar o que considera favorecimento da FIA (entidade máxima do automobilismo) a Schumacher e à Ferrari.
"Amo pilotar meu carro, mas
repito que a F-1 não é mais um
esporte. Há muitas outras coisas envolvidas", completou.
Schumacher, chamado por
Alonso de "antidesportista" na
semana passada, preferiu não
polemizar. "Não tenho que reagir a nada do que ele diz."
Treino oficial para o GP da China
Globo, ao vivo, às 3h
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