Vazado 5 vezes em 2 jogos, time terá nova zaga hoje diante do Botafogo

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O Corinthians nunca havia tomado tantos gols numa sequência de dois jogos no Campeonato Brasileiro. Foram cinco tentos sofridos, somados os confrontos com Santos e Internacional.
E hoje, diante do Botafogo, quando o time volta ao Pacaembu após duas partidas fora de seus domínios, o técnico Adilson Batista deverá escalar uma zaga inédita.
Chicão continua machucado, e Paulo André, seu substituto, está suspenso.
Ontem, no último treino antes da partida, Adilson testou formação com Thiago Heleno ao lado de William.
A outra opção é Leandro Castán, mas o treinador deu a entender que dará prioridade a Thiago Heleno, que fará seu primeiro jogo como titular no Corinthians, por causa da força das jogadas aéreas do adversário de hoje.
"Eu tenho que pensar em como eles jogam", declarou Adilson. "Quem é o centroavante deles? Pois é. Mas posso jogar até com os três."
O corintiano se referia a Sebastian "Loco" Abreu, de 1,93 m e cuja especialidade é fazer gols de cabeça.
Leandro Castán e Thiago Heleno têm praticamente a mesma altura (1,84 m contra 1,83 m), mas o segundo é melhor nas bolas aéreas.
Além disso, Castán pode ser guardado para uma mudança no segundo tempo.
Adilson têm usado o zagueiro como substituto do lateral esquerdo Roberto Carlos.
A derrota por 3 a 2 para o Inter, no domingo, foi o terceiro jogo neste Brasileiro em que o Corinthians tomou três gols. Nas derrotas para Avaí e Atlético-GO, ambas fora de casa, os três gols sofridos foram claramente casos isolados, em que a defesa foi bem nos jogos anteriores e continuou bem nos seguintes.
"Não acho que agora seja uma fase, uma coisa que preocupa, porque aconteceram em jogos difíceis", disse o goleiro Júlio César. "Mas isso serve de alerta, claro."
Se terá problemas para armar a defesa, Adilson Batista poderá escalar hoje o seu meio de campo ideal.
Recuperado de lesão no tornozelo esquerdo, o volante Ralf treinou ontem e será titular hoje, ao lado de Jucilei, Elias e Bruno César. "Ele [Ralf] salva [o time] em termos de posicionamento. Para ele, eu não preciso pedir nada", falou o técnico.