São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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Sangue novo

Lucas e Cortês se destacam no 1º triunfo de Mano em um clássico, no Pará, contra a Argentina

Antonio Scorza/France Presse
Capitão do Brasil, Ronaldinho ergue o troféu no Mangueirão

Brasil 2
Lucas, aos 9 min, e Neymar, aos 31 min do 2º tempo

Argentina

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A BELÉM

Noite de alívio no Mangueirão: a seleção brasileira de Mano Menezes finalmente bateu um adversário de peso.
Era uma seleção argentina B, sem Messi, sem os "europeus", mas era a Argentina, a mesma que jogou melhor que o Brasil há duas semanas, em empate sem gols.
Ontem, o time de Mano, também formado por atletas locais, foi muito superior.
E, com gols das joias que o futebol brasileiro ainda consegue reter, venceu por 2 a 0 e conquistou a primeira edição do Superclássico das Américas, torneio que reedita a Copa Roca, que foi disputada entre 1914 e 1976.
O título, ainda que simbólico, reduz as cobranças sobre o treinador. Mano testou um novo quarteto ofensivo. Deu chance a Lucas, pela direita, com Ronaldinho por dentro, Neymar na esquerda e Borges mais à frente.
A seleção dominou a Argentina. Os volantes Ralf e Rômulo jogaram dentro do campo adversário, e os laterais Danilo e Cortês passaram mais tempo no setor de ataque do que no de defesa.
Ainda assim, faltou no primeiro tempo o que Mano gosta de chamar de "mecânica de jogo". O Brasil teve mais posse de bola, tocava de lado, mas não criava oportunidades claras para marcar.
Em compensação, não corria riscos. Neymar e Lucas bloqueavam a saída dos laterais Pillud e Papa.
Montillo ficou perdido entre o meio e o ataque e teve pouca ajuda.
Na melhor chance do primeiro tempo, Borges recebeu de Lucas pela direita, cruzou rasteiro, e Neymar furou.
Na segunda etapa, o Brasil permitiu um pouco mais de espaço à Argentina. E foi preciso um contra-ataque para a seleção de Mano anotar.
Borges recebeu de Cortês no círculo central e tocou de primeira para Danilo, que lançou Lucas. O camisa 7 arrancou, ignorou Neymar, que vinha livre pelo meio, e tocou na saída de Orion. Golaço.
A intensidade da partida só não caiu porque Cortês não desistiu. Pela esquerda, o lateral do Botafogo apoiou sempre, e pela esquerda saíram as jogadas mais perigosas.
Até que, aos 31min, o camisa 6 rolou para Diego Souza, que cruzou para Neymar, na pequena área, fazer o segundo. Ainda houve tempo para mais duas boas defesas de Jefferson, para "olé" e gritos de "campeão". Delírio no Mangueirão, alívio no banco de reservas da seleção.


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