São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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JUCA KFOURI

E o futebol apareceu


Enfim, uma atuação convincente da seleção, com boas atuações de quase todos

DIGA-SE a BEM da verdade que a seleção brasileira tem como atenuante pelo que não fez no jogo de ontem o estado lastimável do gramado.
Sim, os jogadores têm o areião do Mangueirão como desculpa, mas a CBF não. Porque só mesmo os interesses políticos menos nobres para promover um Brasil x Argentina num pasto daqueles, como se fosse dado um piano desafinado para um concerto de Arthur Moreira Lima.
Mesmo assim houve muito mais futebol e entrega em Belém do que em Córdoba, principalmente porque Lucas deu uma lucidez ao ataque nacional que há tempos não se via, embora tenha ficado claro que ele é rápido demais para a malemolência de Ronaldinho Gaúcho, a única decepção.
Talvez o comovente canto à capela do hino brasileiro pela torcida paraense tenha tocado o coração do time amarelo para jogar com o espírito de uma verdadeira seleção, por mais que o primeiro tempo tenha ficado sem gols e apenas com uma sensação de gol, em bola perdida por Neymar na pequena área.
Mas nos dez primeiros minutos do segundo tempo aconteceu um lance de perigo de gol bem interceptado pelo goleiro Jefferson e, em seguida, o lance do gol, em belíssima saída de bola do time brasileiro, numa triangulação perfeita entre Cortês, Borges e Danilo, que lançou Lucas, o que mais merecia mesmo tirar o zero do placar.
Então o rubro-negro Bollatti entrou em campo para se juntar ao colorado Guiñazu e ao cruzeirense Montillo, com o que passamos a ter 14 "brasileiros" em campo e dois carniceiros, os da dupla de zaga argentina, com Sebá e Desábato.
Insuficientes, porém, para evitar o segundo gol, de Neymar, ao receber de Diego Souza, que tinha acabado de substituir Lucas, que, como Borges e Cortês, uma boa e uma ótima atuação, não aguentou jogar até o fim num gramado tão vergonhosamente desgramado.
Mano Menezes respira aliviado, ainda mais que Kaká começa a parecer recuperado.

CONTRADITÓRIO
Dilma Rousseff está correta ao tentar impedir que a Lei Geral da Copa afronte a legislação brasileira e, como consequência, a soberania nacional. Mas o líder de seu governo na Câmara, Cândido Vaccareza, trabalha para fazer relator da Lei Geral o deputado do PT paulista Vicente Cândido, vice-presidente da FPF e sócio de Marco Polo del Nero, um dos homens de Ricardo Teixeira.

blogdojuca@uol.com.br


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