São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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O QUE É, O QUE É?

Desfibrilador é eficaz, mas uso em escala é caro

DA REPORTAGEM LOCAL

Ele parece uma lancheira, pesa até 3 kg, funciona com pilhas e está perto de virar um negócio milionário para os seus fabricantes no Brasil.
O desfibrilador portátil, que para muitos poderia salvar a vida de Serginho, ganhou de forma trágica fama e ajuda nos planos de expansão com a morte do atleta.
Para operá-los, é preciso fazer um curso de oito horas em entidades credenciadas -custa R$ 200. Os mais modernos avaliam a necessidade antes de aplicar choques que superam os 1.000 volts para reanimar um enfartado. Os procedimentos são dados por comando de voz.
Pesquisas apontam que, se usado em até três minutos após o infarto, a chance de sobrevivência é de 75%.
O aparelho é ainda uma coisa para poucos no país. Três multinacionais dominam o mercado, e cada unidade custa entre R$ 11 mil e R$ 13 mil. Nem todas as empresas divulgam o número de vendas, mas elas não passas hoje de dez por mês.
Mas, se o projeto do senador Tião Viana (PT-AC) for aprovado na Câmara e depois sancionado pela Presidência, tudo vai mudar.
O documento aprovado no Senado torna obrigatória a presença de desfibriladores portáteis em praticamente todos os lugares onde haja circulação superior a 2.000 pessoas por dia e ainda trens, aviões e carros da polícia. Só neste último caso, no Estado de São Paulo seriam necessários mais de R$ 100 milhões para equipá-los.


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