São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2006

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entrevista 2

O agressor foi a vítima, diz agredido

DA SUCURSAL DO RIO

Em novembro de 1981, Mario Soto tinha 31 anos e era o "xerife" do Cobreloa. A voz afável nada tem a ver com o lugar-comum associado a um vilão. Ele diz que o soco de Anselmo não o atingiu no estádio Centenário, ao contrário do que dizem testemunhas diversas.0 (MM)

 

FOLHA - O Flamengo reclamou da sua violência já no segundo jogo, em Santiago.
MARIO SOTO
- É como se jogava a Libertadores naquele tempo. O Cobreloa jogou como deveria.

FOLHA - O que o sr. lembra da agressão de Anselmo?
SOTO
- No campo pode ocorrer tudo. O ruim é que foi agressão programada. Pelo que sei, no hotel.

FOLHA - Carpegiani assume a ordem, mas no fim do jogo.
SOTO
- Tiro toda a responsabilidade do jogador. Anselmo foi vítima da decisão de Carpegiani.

FOLHA - Como foi?
SOTO
- Eu estava na metade do campo, e o nosso goleiro gritou "cuidado!". Anselmo não chegou a me acertar. A única ação antidesportiva foi a de Carpegiani. A mim não causou dano. Causou ao Anselmo.


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