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Finazzi cumpre meta e faz Corinthians respirar
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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O atacante do Corinthians Finazzi, autor dos dois na vitória de virada sobre o Figueirense, ontem, é abraçado pelo lateral Iran |
Atacante marca 2, atinge os 10 gols que prometeu e garante virada no Pacaembu
Corinthians 2
Figueirense 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele chegou sem a megalomania de outros que prometem o
que é impossível para a mediocridade atual corintiana.
Mas Finazzi, 34, cumpriu o
que prometeu, e a situação do
Corinthians no Brasileiro melhorou. Com os dois gols que
anotou contra o Figueirense,
no Pacaembu, ele atingiu os dez
que prometeu fazer na competição quando foi apresentado,
em maio. Marca que parecia
modesta para um campeonato
de 38 rodadas, mas que é brilhante para a pobreza ofensiva
corintiana.
O clube tinha até o início desta rodada o segundo pior ataque da competição.
Em nenhuma das nove rodadas anteriores havia feito mais
de um tento num jogo -foram
só cinco ao todo no período.
O Corinthians prossegue na
zona de degola, mas pode deixá-la na próxima rodada. Tem a
chance de superar três equipes
-Goiás, Sport e Náutico- que
estão à sua frente.
Contra os catarinenses, que
estavam invictos havia cinco
jogos, Finazzi foi decisivo
quando a bola chegou a ele. Foram apenas três finalizações
-duas acabaram em gol e outra
exigiu defesa do goleiro rival.
Fora Finazzi, o Corinthians
só acertou 22% das finalizações
que tentou, marca que o colocaria na rabeira desse fundamento nos rankings do Datafolha.
O time paulista manteve a sina de pouco brilho, entretanto
manteve o jeito zen que o
acompanha neste Nacional -é
o time com menos cartões do
campeonato (também é o segundo mais disciplinado de toda a era dos pontos corridos).
Foram só três amarelos e, como
aconteceu em 30 dos 33 jogos
da equipe, nenhum vermelho.
O primeiro tempo foi de uma
pobreza técnica absoluta. Os
goleiros Felipe e Dalton pouco
trabalharam. Só 4 das 12 finalizações, segundo o Datafolha,
não foram para fora.
Para o placar sair do zero, só
com a cobrança de dois pênaltis, ambos cometidos de forma
atabalhoada, que tiveram o lateral corintiano Iran como protagonista. Primeiro, ele despencou, aparentemente sem
olhar, sobre Ramon. Pênalti
convertido aos 43min por Chicão, que bateu com direito a paradinha. O zagueiro chamou
atenção no jogo com vários
bons passes e um chute de primeira, este na segunda etapa.
Dois minutos depois do gol,
foi a vez de Iran ser derrubado
dentro da área rival. Finazzi
converteu, e o Corinthians foi
para o vestiário com o 1 a 1.
Logo no início do segundo
tempo, Iran tropeçou com a bola, e Nelsinho Baptista perdeu a
paciência com ele. O volante
Vampeta entrou, mas desta vez
na lateral mesmo. Sobrou empolgação e faltou fôlego para o
veterano na posição, tanto que
Bruno Octávio acabou entrando para ocupar aquele espaço.
Novamente o jogo ficou pobre em qualidade. E mais uma
vez Finazzi tirou o Corinthians
da penúria. Aos 23min, ele recebeu na área, cortou com estilo a marcação e chutou rasteiro
para virar o jogo no Pacaembu.
O Corinthians só não ampliou porque Carlos Eugênio
Simon, juiz cuja escalação foi
de agrado do clube, não deu pênalti claro em Bruno Bonfim, o
Dentinho, já perto do final.
Restam agora cinco jogos para o Corinthians evitar o rebaixamento. O próximo, na quarta, será bem duro, contra o ascendente Flamengo, em um
Maracanã certamente cheio.
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