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VÔLEI
A cinco dias do Mundial, FIVB aprova sets com 25 pontos corridos em lugar de 15; regra vale a partir de janeiro
Federação muda contagem de pontos
da Reportagem Local
Está decidido. A FIVB (Federação Internacional de Vôlei) aprovou ontem em seu congresso técnico a modificação na contagem
de pontos nas partidas.
Pelo novo sistema, os sets serão
disputados em 25 pontos corridos
(denominado "rally point"), sem
vantagem. Dessa forma, cada disputa de bola valerá ponto.
A contagem tradicional estipula
nos sets o limite de 15 pontos, com
vantagem -para marcar um ponto a equipe tem que vencer duas
disputas seguidas.
Proposta pelo mexicano Rubén
Acosta, presidente da FIVB, a resolução foi aprovada de forma unânime por 220 representes de confederações, o Brasil inclusive, no primeiro -de três- dia do congresso técnico, em Tóquio, no Japão. O
evento antecede os Mundiais feminino, que começa terça-feira, e
masculino (dia 13).
A regra passa a valer a partir de 1º
de janeiro de 99. Portanto, não estará presente nos Mundiais, cuja
única novidade será a presença do
líbero (especialista em defesa).
A Superliga, equivalente ao Brasileiro de clubes, que indicara a
mudança como teste, já terá jogos
no novo sistema, em dezembro.
Esta é a cartada mais ousada da
FIVB para conseguir reduzir a duração das partidas. O argumento é
simples: no formato atual, segundo a entidade, o vôlei fica inferiorizado na corrida com outras modalidades por espaço na TV.
Como no tênis, não é possível estabelecer a duração de um jogo,
quando o aceitável para as emissoras seriam cerca de duas horas.
"Não poderíamos mais ter jogos
de três ou quatro horas. As TVs
não se comprometiam com um encontro que não se sabia quando
iria acabar", argumenta Acosta.
Os brasileiros e a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) poderão
se travestir de pioneiros. Os campeonatos Carioca e Paulista deste
ano serviram de teste da regra.
Em 97, na Superliga, uma outra
alternativa fora testada, sem sucesso. Os sets continuavam com limite de 15 pontos, mas, se ao 25º minuto não houvesse definição, iniciava-se um tie-break.
Levantamento no Paulista indica
que, ao menos, a intenção de diminuir o tempo dos jogos deve ser lograda. Em média, as partidas duraram uma hora e 30 minutos.
"O atrativo técnico tende a cair.
A partir de agora, times medianos
vão fazer frente a grandes equipes", disse Bernardinho, técnico
da seleção feminina, que está no
Japão.
(JAD)
²
Com agências internacionais
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