São Paulo, quinta, 29 de outubro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI
A cinco dias do Mundial, FIVB aprova sets com 25 pontos corridos em lugar de 15; regra vale a partir de janeiro
Federação muda contagem de pontos

da Reportagem Local

Está decidido. A FIVB (Federação Internacional de Vôlei) aprovou ontem em seu congresso técnico a modificação na contagem de pontos nas partidas.
Pelo novo sistema, os sets serão disputados em 25 pontos corridos (denominado "rally point"), sem vantagem. Dessa forma, cada disputa de bola valerá ponto.
A contagem tradicional estipula nos sets o limite de 15 pontos, com vantagem -para marcar um ponto a equipe tem que vencer duas disputas seguidas.
Proposta pelo mexicano Rubén Acosta, presidente da FIVB, a resolução foi aprovada de forma unânime por 220 representes de confederações, o Brasil inclusive, no primeiro -de três- dia do congresso técnico, em Tóquio, no Japão. O evento antecede os Mundiais feminino, que começa terça-feira, e masculino (dia 13).
A regra passa a valer a partir de 1º de janeiro de 99. Portanto, não estará presente nos Mundiais, cuja única novidade será a presença do líbero (especialista em defesa).
A Superliga, equivalente ao Brasileiro de clubes, que indicara a mudança como teste, já terá jogos no novo sistema, em dezembro.
Esta é a cartada mais ousada da FIVB para conseguir reduzir a duração das partidas. O argumento é simples: no formato atual, segundo a entidade, o vôlei fica inferiorizado na corrida com outras modalidades por espaço na TV.
Como no tênis, não é possível estabelecer a duração de um jogo, quando o aceitável para as emissoras seriam cerca de duas horas.
"Não poderíamos mais ter jogos de três ou quatro horas. As TVs não se comprometiam com um encontro que não se sabia quando iria acabar", argumenta Acosta.
Os brasileiros e a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) poderão se travestir de pioneiros. Os campeonatos Carioca e Paulista deste ano serviram de teste da regra.
Em 97, na Superliga, uma outra alternativa fora testada, sem sucesso. Os sets continuavam com limite de 15 pontos, mas, se ao 25º minuto não houvesse definição, iniciava-se um tie-break.
Levantamento no Paulista indica que, ao menos, a intenção de diminuir o tempo dos jogos deve ser lograda. Em média, as partidas duraram uma hora e 30 minutos.
"O atrativo técnico tende a cair. A partir de agora, times medianos vão fazer frente a grandes equipes", disse Bernardinho, técnico da seleção feminina, que está no Japão. (JAD) ²


Com agências internacionais


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.