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FUTEBOL
Austrália domina repescagens
'Errantes' de
eliminatória
lutam por 98
RODRIGO BUENO
da Reportagem Local
A Austrália
decide hoje,
contra o Irã, em
Melbourne, às
9h15 (horário de
Brasília), a 32ª e
última vaga na
Copa de 98. As
seleções disputam o segundo confronto da repescagem que opõe o
campeão da Oceania e o quarto colocado nas eliminatórias asiáticas.
Os australianos, quase soberanos nas competições na Oceania,
são expertos em repescagens. Devido à fragilidade dos times, o continente não teve, ao longo da história, muita representatividade para
a Fifa, tanto que não possui vaga
garantida até hoje em Mundiais.
Os vencedores das eliminatórias
na Oceania decidem contra equipes de outros continentes (tradicionalmente fora de sua região) a
participação em Copas.
Nas eliminatórias para o Mundial dos EUA, em 94, a Austrália
foi eliminada em Buenos Aires, pela Argentina, ao ser derrotada por
1 a 0, gol de Batistuta.
Em 90, perdeu a vaga no Mundial
após empatar com Israel. Se vencesse, decidiria com a Colômbia.
Em 86, caiu em uma repescagem
contra Escócia. Em 78, foi superada pelo Irã, o rival de hoje.
A Austrália conseguiu participar
da Copa de 74, na Alemanha, após
conseguir vencer a Coréia do Sul,
por 1 a 0, em Hong Kong.
Nas eliminatórias para a Copa de
70, a equipe perdeu a vaga para a
seleção de Israel.
A Nova Zelândia é outro país que
representou a Oceania em repescagens. A equipe foi à Copa de 82,
na Espanha, após ter conseguido
bater a China, em Cingapura.
Decisão
Para a partida de hoje, o favoritismo está todo do lado australiano. Não só porque cerca de 90 mil
pessoas deverão lotar o "Melbourne Cricket Ground", mas
também porque um empate sem
gols classifica a equipe local.
Essa vantagem foi obtida após o
empate de 1 a 1, conquistado no sábado passado, em Teerã, contra o
adversário de hoje. Pelo regulamento, se houver empate em pontos e em saldo de gols na disputa,
vai à Copa quem marcar mais gols
na casa do adversário.
O técnico da Austrália, o inglês
Terry Venables, disse que seu time
irá atuar ofensivamente apesar de
ser beneficiado com o 0 a 0.
"Eles são rápidos, mas nós temos mais técnica e partimos com
vantagem. Não podemos permitir
que eles tenham a iniciativa, nem
que nos surpreendam", disse.
No Irã, a grande novidade é o retorno do meia Bagheri, capitão e
um dos principais jogadores da
equipe, que não pôde atuar no jogo de ida por estar suspenso.
O técnico brasileiro "Badu"
Vieira aposta no preparo físico de
seu time para ganhar a partida.
"Meus jogadores estão em boa
forma e mentalizados para enfrentar a pressão que pesa sobre eles",
disse Badu.
O Irã já deixou escapar duas
chances de se classificar para o
Mundial. Primeiro, ficou em segundo lugar no Grupo A da fase
final das eliminatórias asiáticas.
Depois, perdeu o jogo extra que fez
com o Japão, na Malásia.
Com agências internacionais
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