DO ENVIADO À CORÉIA DO SUL

Se o Brasil demonstrou fraqueza nos bastidores, o mesmo não pode ser dito da China. O país, que vai participar da primeira Copa do Mundo de sua história, fazia questão de jogar na Coréia. Tanto pressionou a Fifa que conseguiu.
Por decisão unânime dos membros do Comitê Executivo que participaram da reunião de ontem, ficou decidido que os chineses começarão jogando no território coreano, e não no japonês.
De acordo com os organizadores da Copa, mais do que uma questão política -rivalidade histórica entre chineses e japoneses-, trata-se de uma questão econômica e geográfica.
""A China deve ser uma das grandes atrações do Mundial e lotar os estádios. A Coréia é mais perto e aqui os torcedores chineses podem entrar por terra", disse Chung Mong-joon, presidente da Associação Coreana de Futebol e co-presidente do Kowoc, o Comitê Organizador da Coréia.
""Além do mais, nosso custo de vida é mais baixo do que no Japão", completou o dirigente, dizendo que 20 mil ingressos dos jogos da China na Copa serão vendidos em território chinês.
Para Mong-joon, o ânimo do país vizinho é tanto que o presidente Jiang Zemin confirmou presença no jogo de abertura da Copa, dia 31 de maio, em Seul.
""Será uma oportunidade única para a Ásia mostrar ao mundo que sabe conviver pacificamente", afirmou, exortando o imperador Akihito, do Japão, a imitar Zemin e comparecer à partida inaugural do Mundial. (JCA)

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