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Com média de gols alta, Washington busca redenção
Camisa 9, com 27 tentos em 55 jogos, tem melhor média do São Paulo desde Luis Fabiano, artilheiro do time em 2003
Apesar de decisivo, atacante é criticado pela torcida por causa de chances perdidas e de dificuldade em dominar
a bola durante as partidas
DA REPORTAGEM LOCAL
O maior goleador do São
Paulo na temporada e artilheiro do time no Paulista e no Brasileiro é chamado, por sua própria torcida, de "caneleiro".
O tratamento dispensado a
Washington é pouco carinhoso.
E, ao menos em termos estatísticos, injusto com o atacante.
Com 27 gols em 55 jogos, o
atual camisa 9 tem a melhor
média de gols do São Paulo desde Luis Fabiano, atualmente no
Sevilla, que, em 2003, marcou
46 gols em 56 jogos no Morumbi -índice de 0,82 gol por jogo.
A média de Washington é
bem inferior à do atual camisa
9 da seleção, mas supera a de
ídolos do ataque na história recente do clube do Morumbi, como Grafite, Aloísio e Borges.
Neste período, o atacante do
Wolfsburg foi o único que chegou, em 2004, aos mesmos 27
gols do atual camisa 9, mas sua
média de gols é pior -Grafite
atuou em 63 partidas.
Mesmo assim, Washington,
artilheiro de quatro torneios
nesta década (dois Brasileiros,
um Paulista e uma Copa do
Brasil), se diz insatisfeito.
Seus 27 gols em 2009 -12 no
Brasileiro- não corresponderam às suas próprias expectativas. Mas espera ao menos terminar o ano em clima de redenção com a torcida tricolor.
Os são-paulinos reclamam
principalmente das chances de
gol perdidas pelo atacante durante os jogos e de suas dificuldades em dominar a bola.
No último domingo, contra o
Botafogo, no Rio, Washington
foi motivo de vaias após uma finalização sua ir parar no alto da
arquibancada do Engenhão.
Mas, poucos minutos depois, o
camisa 9 foi o autor do primeiro
gol do São Paulo no jogo.
"O importante é que a última
impressão é a que fica. Se eu ganhar o título, o torcedor esquecerá os momentos ruins. Nos
últimos jogos, eles já me apoiaram mais", falou Washington.
Não é o fim de temporada esperado para quem iniciou o ano
como candidato a estrela. Wa-
shington chegou ao Morumbi
como coartilheiro do Brasileiro-08 e status de carrasco -um
gol seu eliminou o São Paulo da
Libertadores do ano passado.
Começou bem o ano, como
goleador do time no Paulista,
com 12 gols. Mas foi considerado um dos vilões da eliminação
do São Paulo na Libertadores e
do começo ruim no Brasileiro.
Após meses de revezamento
com Borges, só voltou ao posto
de titular absoluto em outubro.
"É difícil chegar em uma
equipe que acabou de ser campeã. Se não der certo, a culpa é
de quem chegou. Quero que vejam que vim para o São Paulo
para somar", disse o atacante.
Sete dos seus 12 gols neste Brasileiro foram decisivos.
Washington tem mais dois
jogos para reverter a rusga com
sua torcida. Mas, na história,
seu nome já está escrito. Oitavo
maior artilheiro do Nacional,
com 111 gols, está prestes a
se igualar ao sétimo colocado,
Dario. Bastam apenas mais
dois gols.
(CAROLINA ARAÚJO)
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