São Paulo, domingo, 29 de novembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cruzeiro crê em "mosqueteiros'

da Agência Folha, em Belo Horizonte

O esquema tático implantado por Levir Culpi está fazendo com que seus três principais atacantes -Muller, 32, Marcelo Ramos, 26, e Fábio Júnior, 21- sejam chamados de "Os Três Mosqueteiros", por causa do lema "um por todos, todos por um".
Fábio Júnior, um dos artilheiros do campeonato, com 17 gols, tem atraído as atenções da imprensa. Cada um dos três, porém, tem uma função bem definida por Culpi, embora possam trocar de posições para confundir a marcação adversária.
Os técnicos adversários têm se preocupado em colocar um zagueiro para marcar Fábio Júnior em todo o campo, fazendo com que surjam espaços para a penetração de Marcelo ou de alguém que venha de trás.
"Se o Fábio Júnior estiver bem colocado e não der para eu fazer o gol, é lógico que vou passar a bola para ele", afirmou Marcelo.
"O importante é que o Cruzeiro saia com a vitória", completou o atacante mineiro.
Muller, desde que se recuperou de uma contusão no joelho direito que o deixou de fora por 20 dias, vem cumprindo a missão de levar a bola até a área e entregá-la para o companheiro mais bem colocado, geralmente de frente para o gol adversário.
Para o experiente atacante, o importante é jogar para o grupo. Se ele está conseguindo isso, principalmente nas assistências, é suficiente. "Futebol é coletivo, não é individual. O importante é que, quando se ganha, ganha todo mundo. Estamos conseguindo (isso) com muita competência e perseverança", afirmou Muller.
Alex Alves, sempre disposto a entrar no jogo quando outro atacante não está disponível, é o quarto mosqueteiro, que, no livro de Alexandre Dumas, era personificado por D'Artagnan.
²
Inimigo íntimo Os jogadores do Cruzeiro estão ansiosos para reencontrar o Palmeiras nas finais da Copa Mercosul. O time paulista é o primeiro finalista da competição, e seu adversário será definido entre o clube de Minas e o San Lorenzo (Argentina), na próxima quarta-feira.
A sequência de jogos entre Cruzeiro e Palmeiras fez com que os atletas dos dois times se conhecessem melhor, descobrindo os pontos fracos de cada um.
"O Palmeiras é o nosso inimigo íntimo", diz o zagueiro cruzeirense Gottardo. (CHS)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.