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Cruzeiro crê em "mosqueteiros'
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O esquema tático implantado
por Levir Culpi está fazendo com
que seus três principais atacantes
-Muller, 32, Marcelo Ramos, 26,
e Fábio Júnior, 21- sejam chamados de "Os Três Mosqueteiros",
por causa do lema "um por todos,
todos por um".
Fábio Júnior, um dos artilheiros
do campeonato, com 17 gols, tem
atraído as atenções da imprensa.
Cada um dos três, porém, tem uma
função bem definida por Culpi,
embora possam trocar de posições
para confundir a marcação adversária.
Os técnicos adversários têm se
preocupado em colocar um zagueiro para marcar Fábio Júnior
em todo o campo, fazendo com
que surjam espaços para a penetração de Marcelo ou de alguém
que venha de trás.
"Se o Fábio Júnior estiver bem
colocado e não der para eu fazer o
gol, é lógico que vou passar a bola
para ele", afirmou Marcelo.
"O importante é que o Cruzeiro
saia com a vitória", completou o
atacante mineiro.
Muller, desde que se recuperou
de uma contusão no joelho direito
que o deixou de fora por 20 dias,
vem cumprindo a missão de levar
a bola até a área e entregá-la para o
companheiro mais bem colocado,
geralmente de frente para o gol adversário.
Para o experiente atacante, o importante é jogar para o grupo. Se
ele está conseguindo isso, principalmente nas assistências, é suficiente. "Futebol é coletivo, não é
individual. O importante é que,
quando se ganha, ganha todo
mundo. Estamos conseguindo (isso) com muita competência e perseverança", afirmou Muller.
Alex Alves, sempre disposto a
entrar no jogo quando outro atacante não está disponível, é o quarto mosqueteiro, que, no livro de
Alexandre Dumas, era personificado por D'Artagnan.
²
Inimigo íntimo
Os jogadores do Cruzeiro estão
ansiosos para reencontrar o Palmeiras nas finais da Copa Mercosul. O time paulista é o primeiro finalista da competição, e seu adversário será definido entre o clube de
Minas e o San Lorenzo (Argentina), na próxima quarta-feira.
A sequência de jogos entre Cruzeiro e Palmeiras fez com que os
atletas dos dois times se conhecessem melhor, descobrindo os pontos fracos de cada um.
"O Palmeiras é o nosso inimigo
íntimo", diz o zagueiro cruzeirense Gottardo.
(CHS)
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