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Para dirigentes, episódio afetará próxima gestão
DO PAINEL FC
DA REPORTAGEM LOCAL
A interferência de membros da Federação Paulista
de Futebol na eleição do Palmeiras deve deixar resquícios que o grupo que assumir
o poder no Parque Antarctica pelos próximos dois anos
terá de administrar.
Com a crise agora deflagrada entre a situação palmeirense e a cúpula da FPF,
os atuais dirigentes do clube
temem sofrer represálias no
caso de o presidente Affonso
della Monica ser reeleito no
pleito de janeiro.
A principal preocupação
dos cartolas palmeirenses é
de ordem financeira.
Em 2006, o clube recorreu
diversas vezes à FPF para cobrir seu caixa. A entidade
sempre atendeu às solicitações vindas do Parque Antarctica. Concedeu antecipações de receitas referentes a
cotas de TV dos torneios de
2007 para que o Palmeiras
saldasse suas dívidas.
Um total de R$ 11 milhões
foi repassado pela FPF aos
palmeirenses como adiantamento, o que deixou o clube
compromissado com a entidade. Das cotas do Paulista-2007, por exemplo, não sobrou nada para o Palmeiras
receber no ano que vem.
Segundo conselheiros alinhados com Del Nero, a federação não repetirá operações
dessa natureza em 2007.
O grupo de Della Monica,
porém, não dá a questão como encerrada ainda.
"Se ele se recusar a antecipar cotas para o Palmeiras,
esta será uma guerra declarada que teremos de enfrentar. Será uma injustiça com o
clube", avalia José Cyrillo
Júnior, vice-presidente palmeirense. "Mas espero que
no próximo ano não tenhamos que pegar dinheiro nenhum na federação", completa o dirigente.0
(RP E PGA)
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