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Federer busca o 16º Grand Slam
Suíço encara Murray, contra quem tem retrospecto desfavorável, na final do Aberto da Austrália
Líder do ranking tenta
prolongar jejum do país
do adversário, que não
festeja um título de um grande torneio desde 1936
DA REPORTAGEM LOCAL
Em busca de seu 16º título de
Grand Slam, Roger Federer enfrenta na final do Aberto da
Austrália um dos únicos tenistas do circuito que sustenta um
bom retrospecto contra ele.
O britânico Andy Murray
venceu seis das dez partidas
que disputou contra o número
um do mundo. Apenas Rafael
Nadal apresenta resultados
melhores contra o suíço.
Além do retrospecto, Murray
também tem a vantagem de entrar em quadra na próxima madrugada mais descansado. Sua
semifinal foi disputada 24 horas antes da do adversário.
O líder do ranking, porém,
minimizou esses fatores.
"Ele é um grande jogador,
mas, sem tirar seus méritos, ele
me venceu quando eu não estava na minha melhor forma",
disse Federer, 28, que venceu
as duas últimas partidas, encerrando uma série de quatro derrotas. "Mas eu realmente não
me importo com o retrospecto.
Cada jogo é uma história."
Sobre o fato de ter feito a segunda semifinal, Federer lembrou da edição do ano passado,
quando foi o primeiro a se classificar para a decisão.
Nadal precisou de mais de
cinco horas na semifinal e depois jogou mais cinco sets para
vencer o suíço e conquistar seu
primeiro título em Melbourne.
"Estou pronto para jogar sete
partidas de cinco sets. Se alguma acabou em três ou quatro,
melhor", afirmou Federer após
eliminar o francês Jo-Wilfried
Tsonga em 6/2, 6/3 e 6/2.
"Estou feliz por não ter que
mudar a programação. Tive um
dia de descanso, o mesmo que
venho fazendo nas últimas
duas semanas", completou.
Na segunda grande final da
carreira -perdeu a do Aberto
dos EUA-2008 justamente para Federer-, Murray tenta
mais do que preencher uma lacuna em seu currículo -é o
único top 5 a ainda não ter
triunfado em um Grand Slam.
A Grã-Bretanha vive um jejum de 74 anos sem comemorar a conquista de um dos quatro maiores torneios do circuito. O último a obter o feito foi
Fred Perry em Wimbledon-36.
Federer até fez piada com o
fato. "Sei que ele tenta vencer o
primeiro Grand Slam para os
britânicos em... Quantos? 150
mil anos?", brincou o suíço, que
depois afirmou que o rival lida
muito bem com essa pressão.
Murray, que anos atrás dizia
que quando perdia era escocês
e quando vencia, britânico, afirma que sua semifinal contra o
croata Marin Cilic foi o melhor
do que ele apresentou em uma
partida de Grand Slam.
"Os recordes de Federer falam por si. Tenho que fazer
uma partida especial e me sinto
em condições disso", disse ele,
que assume a vice-liderança do
ranking se for campeão.
O britânico lembrou que estava muito nervoso na decisão
contra Federer em Nova York,
em 2008, quando perdeu em
menos de duas horas.
"Agora vai ser diferente. Espero jogar melhor. Estou certo
que vou", afirmou Murray.
O suíço também aponta sua
experiência (será sua 22ª final)
para conquistar o Aberto da
Austrália pela quarta vez. "A
primeira [decisão] é mais dura
do que a segunda. Mas como ele
não venceu a primeira, acho
que não ajuda muito."
NA TV - R. Federer x A. Murray
ESPN, ao vivo, às 6h30 de amanhã
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