São Paulo, sábado, 30 de janeiro de 2010

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Federer busca o 16º Grand Slam

Suíço encara Murray, contra quem tem retrospecto desfavorável, na final do Aberto da Austrália

Líder do ranking tenta prolongar jejum do país do adversário, que não festeja um título de um grande torneio desde 1936

DA REPORTAGEM LOCAL

Em busca de seu 16º título de Grand Slam, Roger Federer enfrenta na final do Aberto da Austrália um dos únicos tenistas do circuito que sustenta um bom retrospecto contra ele.
O britânico Andy Murray venceu seis das dez partidas que disputou contra o número um do mundo. Apenas Rafael Nadal apresenta resultados melhores contra o suíço.
Além do retrospecto, Murray também tem a vantagem de entrar em quadra na próxima madrugada mais descansado. Sua semifinal foi disputada 24 horas antes da do adversário.
O líder do ranking, porém, minimizou esses fatores.
"Ele é um grande jogador, mas, sem tirar seus méritos, ele me venceu quando eu não estava na minha melhor forma", disse Federer, 28, que venceu as duas últimas partidas, encerrando uma série de quatro derrotas. "Mas eu realmente não me importo com o retrospecto. Cada jogo é uma história."
Sobre o fato de ter feito a segunda semifinal, Federer lembrou da edição do ano passado, quando foi o primeiro a se classificar para a decisão.
Nadal precisou de mais de cinco horas na semifinal e depois jogou mais cinco sets para vencer o suíço e conquistar seu primeiro título em Melbourne.
"Estou pronto para jogar sete partidas de cinco sets. Se alguma acabou em três ou quatro, melhor", afirmou Federer após eliminar o francês Jo-Wilfried Tsonga em 6/2, 6/3 e 6/2.
"Estou feliz por não ter que mudar a programação. Tive um dia de descanso, o mesmo que venho fazendo nas últimas duas semanas", completou.
Na segunda grande final da carreira -perdeu a do Aberto dos EUA-2008 justamente para Federer-, Murray tenta mais do que preencher uma lacuna em seu currículo -é o único top 5 a ainda não ter triunfado em um Grand Slam.
A Grã-Bretanha vive um jejum de 74 anos sem comemorar a conquista de um dos quatro maiores torneios do circuito. O último a obter o feito foi Fred Perry em Wimbledon-36.
Federer até fez piada com o fato. "Sei que ele tenta vencer o primeiro Grand Slam para os britânicos em... Quantos? 150 mil anos?", brincou o suíço, que depois afirmou que o rival lida muito bem com essa pressão.
Murray, que anos atrás dizia que quando perdia era escocês e quando vencia, britânico, afirma que sua semifinal contra o croata Marin Cilic foi o melhor do que ele apresentou em uma partida de Grand Slam.
"Os recordes de Federer falam por si. Tenho que fazer uma partida especial e me sinto em condições disso", disse ele, que assume a vice-liderança do ranking se for campeão.
O britânico lembrou que estava muito nervoso na decisão contra Federer em Nova York, em 2008, quando perdeu em menos de duas horas.
"Agora vai ser diferente. Espero jogar melhor. Estou certo que vou", afirmou Murray.
O suíço também aponta sua experiência (será sua 22ª final) para conquistar o Aberto da Austrália pela quarta vez. "A primeira [decisão] é mais dura do que a segunda. Mas como ele não venceu a primeira, acho que não ajuda muito."


NA TV - R. Federer x A. Murray ESPN, ao vivo, às 6h30 de amanhã


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