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Time de Marta fecha, mas ela fica nos EUA neste ano
Contrato da brasileira com o Los Angeles Sol, que anunciou o fim das atividades, é transferido para a liga americana
Santos expressa desejo de trazer a melhor do mundo de volta, mas agente diz que ela continuará fora do país por mais duas temporadas
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A melhor jogadora de futebol
está temporariamente sem clube, e a maior liga feminina do
mundo perdeu uma de suas
principais franquias. O Los Angeles Sol, que com Marta chegou ao vice-campeonato em
2009 da liga americana, a WPS,
anunciou anteontem à noite o
encerramento de suas atividades. Proprietários da franquia
negociavam sua venda, mas a
tentativa foi fracassada.
"Trabalhamos arduamente
no último mês para completar
a transação. No fim, ficamos
sem tempo hábil para obter
fundos suficientes para manter
o Sol", disse Tonia Antonucci,
presidente da liga, acrescentando que tentará dar um novo
time a Los Angeles em 2011.
Apesar do baque, a segunda
temporada da WPS, que começa em 11 de abril, deve ter Marta
em campo. O agente da jogadora, Fabiano Farah, afirma que
ela não ficará sem time nos
EUA. De acordo com ele, o contrato da atacante com a franquia de Los Angeles foi transferido para a WPS e Marta certamente jogará em solo americano por mais duas temporadas.
"A Marta tinha contrato com
o Los Angeles Sol até 2011. Como a WPS assumiu a responsabilidade pelo contrato, ela ficará mais dois anos nos EUA. Estou conversando diretamente
com a presidente da liga para
definir qual será a nova equipe
de Marta", disse Farah, que não
quis especificar quais equipes
estariam interessadas.
Na próxima quinta-feira, a
WPS promoverá um minidraft,
que servirá para distribuir as
jogadoras do Los Angeles Sol
entre as outras franquias.
O Atlanta Beat, que estreará
na liga nesta temporada, tem a
preferência na escolha. Mas é
possível que a franquia não opte pela jogadora brasileira, que
foi eleita quatro vezes a melhor
do mundo pela Fifa.
Marta é a jogadora que tem o
maior salário da liga -US$ 500
mil (o equivalente a R$ 937 mil)
por ano-, e a equipe, como estreante, não deve possuir verba
suficiente para bancá-la.
Ontem, o Santos, time pelo
qual Marta jogou de setembro a
novembro do ano passado, demonstrou interesse em trazê-la
de volta ao Brasil por empréstimo já no primeiro semestre.
"Ela está de férias na Suécia e
deve voltar depois do dia 5 de
fevereiro [próxima sexta-feira].
Queremos conversar com ela e
com seu agente e tentar antecipar seu retorno", afirmou Murilo Barletta, diretor de futebol
feminino do Santos.
Segundo o dirigente, a jogadora, quando saiu do Santos,
deu indícios de que voltaria
após o fim da temporada nos
EUA. Mas, com a extinção do
Los Angeles Sol, o clube litorâneo quer contar com Marta para a disputa do Paulista.
Para viabilizar o pagamento
do alto salário de Marta, o Santos usaria a mesma engenharia
financeira que utilizou para repatriar o atacante Robinho.
"[O salário] é um problema.
Mas podemos procurar patrocinadores para pagá-lo. Foi isso
o que aconteceu na última temporada. O patrocinador do time
feminino foi quem bancou os
salários da Marta", afirmou
Barletta, esperançoso.
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