São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

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Desprotegidos

Falhas constantes na defesa, a despeito de ataques goleadores, preocupam Santos e São Paulo para o primeiro clássico do ano

Léo Pinheiro/Agif/Folhapress
Zé Vitor e Fernandão disputam bola em treino do Santos para o clássico

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Os dois melhores ataques do Campeonato Paulista não são os únicos motivos para que os torcedores de Santos e São Paulo acreditem em um clássico de muitos gols nesta tarde, na Arena Barueri.
Os setores defensivos dos dois times têm dado mais dor de cabeça do que esperavam os técnicos Adilson Batista e Paulo César Carpegiani.
Só o Paulista tem sido mais exposto do que as retaguardas de Santos e São Paulo.
Segundo o Datafolha, as equipes sofrem, em média, 16,3 e 16,8 finalizações por jogo, respectivamente. O clube de Jundiaí é bombardeado 18,8 vezes a cada partida.
Os buracos na zaga ficaram mais evidentes na última rodada, quando tanto São Paulo como o Santos foram vazados três vezes. Contra o Americana, diante da fase ruim vivida por Cléber Santana, Carpegiani utilizou Jean no meio de campo, deslocando o zagueiro Xandão para a lateral direita.
Só que a ideia virou um desastre. A ponto de Carpegiani desistir dela no intervalo -com o esquema tradicional, o São Paulo fez três gols e virou o placar para 4 a 3.
Para o clássico, a equipe do Morumbi deve ganhar reforço na marcação com a entrada de um terceiro volante, Zé Vitor. No miolo da zaga, Alex Silva, que tem passado por um processo de fortalecimento muscular, ainda não tem presença garantida.
No Santos, as críticas à dupla de zaga Edu Dracena e Durval geraram reação de Adilson. "Confio neles, são acostumados a ganhar, a se impor, e o pessoal respeita", defendeu o técnico santista.
Ele, entretanto, demonstra preocupação com a jogada aérea do rival desta tarde, justamente onde sua defesa mais falhou no empate em 3 a 3 com o São Caetano.
"Domingo [hoje] tenho que marcar o Fernandão, Alex [Silva], o Miranda. Aí sai gol de cabeça e a culpa é do Durval e do Dracena?", questionou Adilson, deixando claro que cobra a colaboração de todos para defender.
A pontaria do ataque santista, ao menos, tem salvado o time. São 14 tentos em quatro jogos, sendo que 50% dos chutes vão em direção ao gol.
O São Paulo fez nove, quatro deles na última rodada.
"Eu tinha um amigo que contava que antigamente faziam sete [gols] e tomavam quatro. Ele dizia "ainda bem que a turma lá na frente resolve'", ilustrou Adilson.

NA TV

Santos x São Paulo
17h Globo e Band

SANTOS
Rafael; Jonathan (R. Possebon), Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Pará, Elano e Róbson; Maikon Leite e Keirrison
T.: Adilson Batista

SÃO PAULO
Rogério; Jean, Alex Silva (Xandão), Miranda e Juan; Zé Vitor, Rodrigo Souto e Carlinhos Paraíba; Dagoberto, Fernandão e Fernandinho
T.: Paulo César Carpegiani

Estádio: Arena Barueri
Horário: 17h
Árbitro: Salvio Spinola Fagundes Filho


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