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São Paulo, domingo, 30 de março de 2003

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Europeus pagam menos pelo Brasil

DO PAINEL FC
DO ENVIADO AO PORTO

No Primeiro Mundo da bola, a seleção brasileira vale muito menos do que no Terceiro.
Pelo amistoso de ontem no Porto, a CBF receberá, segundo a Folha apurou, US$ 450 mil. No jogo contra a China, entre cota e despesas pagas, levou US$ 1,25 milhão. Para enfrentar Bahrein, em amistoso cancelado por causa da guerra no Iraque, seriam US$ 800 mil. No final de 2002, na Coréia do Sul, foram mais US$ 800 mil.
A decisão da Fifa de proibir a liberação de jogadores que atuam na Europa para amistosos em continentes como Ásia e Oceania afetará a contabilidade da CBF.
Durante quase dois anos, a partir do início das eliminatórias sul-americanas, a entidade não poderá fazer os amistosos que geram queixas de jogadores e de clubes, mas enchem seu cofre de dólares.
Para Ricardo Teixeira, presidente da CBF, a entidade não terá problemas. "Não atrapalhará. Vamos jogar na Europa [ontem] e já temos outros convites."
Apesar do discurso otimista, a CBF já teve uma recente experiência amarga nesse sentido. Não conseguiu arrumar um adversário europeu para um jogo que seria realizado na próxima terça, como desejava a comissão técnica.
A chegada de Teixeira a Portugal "corrigiu" os discursos de Américo Faria, supervisor da seleção, e de Zagallo, coordenador-técnico, sobre o acordo entre sul-americanos e europeus. Os dois estavam negando que já estivesse definido o fim da liberação dos brasileiros para amistosos fora da Europa já no próximo semestre.
Mas o presidente da CBF foi claro. "Está definido. Tivemos uma reunião na Fifa e acertamos o compromisso de que não haverá a liberação dos "europeus" para amistosos em locais distantes. Com o acordo, viabilizamos as eliminatórias como queríamos."
O calendário da seleção para este ano ainda não está totalmente definido. No final de abril, a equipe irá jogar no México. Existe ainda a possibilidade de haver um amistoso no Brasil ou em outro país da América do Sul, em maio.
No mês seguinte, a seleção disputará a Copa das Confederações. No segundo semestre, começarão as eliminatórias. (FERNANDO MELLO E PAULO COBOS)


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