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São Paulo, domingo, 30 de março de 2003

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FUTEBOL

Time inicia Brasileiro hoje, contra o Juventude, livre da pressão de vencer nos mata-matas, seu calo nos últimos anos

São Paulo estréia sem "trauma da pipoca"

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Livre da pressão de ter de provar para sua torcida que é capaz de triunfar em mata-matas contra adversários poderosos, o São Paulo estréia hoje no Campeonato Brasileiro, às 16h, contra o Juventude, em Caxias do Sul.
Se o técnico Oswaldo de Oliveira reclamou da longevidade do Brasileiro, não pode se queixar da nova fórmula de disputa, que aboliu o antigo sistema, principal calo do clube nos últimos anos.
Os seguidos fracassos em confrontos decisivos até valeram aos jogadores o incômodo apelido de "pipoqueiros", dado pela própria torcida são-paulina.
Nesta semana, um dia após a derrota para o Corinthians na final do Paulista, a Tricolor Independente, principal torcida organizada do clube, publicou fotos do maior ídolo do time, Kaká, rodeado de pipocas. A montagem atingiu também outros atletas da equipe, como Luis Fabiano.
A provocação ainda acompanhou uma mensagem, "o milho mudou, mas a pipoca continua a mesma", em referência às mudanças no grupo de jogadores em relação ao ano passado.
Durante o Torneio Rio-São Paulo de 2002, membros da organizada foram ao CT do clube protestar contra a equipe, que havia sido derrotada pelo Palmeiras, atirando pipocas no gramado.
De lá para cá, o clube do Morumbi só reforçou a tese de seus torcedores de que "treme" em partidas decisivas. Foi derrotado pelo Corinthians nas semifinais da Copa do Brasil e pelo mesmo rival na decisão do Rio-SP.
No Brasileiro do ano passado, novo fracasso em mata-matas nas oitavas-de-final, diante do Santos, após terminar a primeira fase na liderança da competição com uma campanha quase impecável.
Assim, os são-paulinos festejaram a nova fórmula, em pontos corridos, do campeonato.
"Esse regulamento deveria ter sido utilizado no ano passado. Elimina eventuais injustiças, como o oitavo colocado desclassificar o primeiro logo nas quartas-de-final", disse o zagueiro Jean.
O próprio Oswaldo de Oliveira, que criticou a longevidade do torneio, aprova a fórmula.
"Eu acho interessante. A cultura do brasileiro era a dos pontos corridos, mas foi modificada por interesses comerciais e financeiros, para criar um clima de espetáculo", disse o treinador são-paulino.


NA TV - Globo (apenas para SP) e Record (apenas para SP e Criciúma), ao vivo, às 16h



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