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São Paulo, domingo, 30 de março de 2003

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AUTOMOBILISMO

Honda e Toyota são as maiores investidoras da categoria segundo levantamento de revista especializada

Na corrida pelo dinheiro, F-1 fala japonês

FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL

As duas normalmente ocupam o pelotão do fundo. Na melhor das hipóteses, chegam ao bloco intermediário. Em se tratando de dinheiro, no entanto, ocupam a pole position. E quanto a isso não há dúvidas: a F-1 é japonesa.
Megarivais nos mercados caseiro e mundial, Honda e Toyota são, em 2003, as maiores investidoras da categoria que dentro de uma semana corre em São Paulo.
A primeira, fornecedora de motores da BAR, gastará US$ 210 milhões neste ano. A outra despenderá US$ 180 milhões na segunda temporada com equipe própria.
Os números estarão na próxima edição da "EuroBusiness", revista comandada por Bernie Ecclestone, homem-forte da F-1. É a segunda vez que a publicação faz o levantamento com os valores de todos os patrocínios da categoria.
Quando comparada com a primeira pesquisa, do ano passado, dois dados saltam aos olhos.
Primeiro, a supremacia japonesa. Em 2002, a Toyota ocupava o terceiro posto da lista, com US$ 140 milhões. Agora, com mais US$ 40 milhões, ultrapassou a francesa Renault e formou a dobradinha nipônica com a Honda.
Segundo, o valor global gasto com patrocínios. Apesar de todo os esforços da FIA (entidade máxima do automobilismo) para reduzir os custos da categoria, o resultado prático foi ínfimo.
Em 2002, a F-1 torrou US$ 2,1 bilhões em patrocínios para acontecer. Nesta temporada, com uma corrida (Bélgica) e uma equipe (Arrows) a menos, o valor total é US$ 1,9 bilhão. Uma redução de US$ 200 milhões, ou apenas 10%.
A lista da "EuroBusiness" mostra, ainda, que dinheiro nem sempre significa eficiência. E mais uma vez o exemplo vem do Japão.
No ano passado, apesar dos mesmos US$ 210 milhões empenhados na F-1, a Honda só conquistou 16 pontos. Cada ponto custou cerca de US$ 13 milhões.
Pior foi a Toyota, com apenas dois pontos conquistados. Somando todos os seus outros patrocínios, o time acumulou em 2002 um orçamento de US$ 238 milhões. No seu caso, então, cada ponto custou US$ 119 milhões.
No outro extremo, está a Ferrari. Campeã mundial com 221 pontos e um orçamento de US$ 302 milhões (somados todos os seus patrocinadores, como a Vodafone e a Marlboro). Cada ponto saiu por "apenas" US$ 1,3 milhão.
Como no ano passado, as montadoras continuam sendo as maiores investidoras da categoria. Sete das dez mais na lista da revista são fabricantes de automóveis. Em seguida, aparecem a indústria tabagista e as empresas de informática e telefonia.


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