São Paulo, sábado, 30 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Dérbi dos sem-estádio

Imbróglio com o Palmeiras, que se intensificou nesta semana, faz WTorre propor que clube procure novo parceiro e encerre parceria

Danilo Verpa/Folhapress
Liedson, artilheiro do Corinthians, treina no Parque Ecológico

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

A construtora WTorre sugeriu ao Palmeiras desfazer a sua polêmica parceria.
A construtora, responsável pela reforma e administração da futura arena do clube, disse claramente a cartolas do clube para procurar um outro parceiro para tocar as obras do estádio e desfazer o contrato assinado em 2008.
Uma condição da WTorre para abandonar o projeto e deixar o Palmeiras livre para procurar outras construtoras para substituí-la é que o clube reembolse os quase R$ 40 milhões investidos na demolição de seu estádio, segundo os cálculos da construtora.
A Folha apurou que, em reunião com a diretoria palmeirense na última quarta- -feira, Walter Torre, dono da empresa, que vinha se queixando, por meio do Twitter, da inércia do Palmeiras, expôs sua insatisfação e a propensão de deixar o projeto.
Contou aos cartolas que a ideia de transformar o Parque Antarctica não é tão lucrativa quanto eles imaginavam. Na construtora, dizem que assumir um estádio de um clube grande seria mais uma questão de currículo.
Cartolas presentes interpretaram como indício de dificuldades financeiras o fato de a construtora ter admitido que perdeu um "grande parceiro" que colaboraria financeiramente na construção da futura Arena Palestra.
Por fim, a empresa, que viu fracassar tentativas de abrir seu capital e captar dinheiro no mercado, sugeriu que o Palmeiras procurasse outra empreiteira interessada em tocar o estádio. O projeto da arena ficou de fora na aquisição de parte da WTorre pelo banco BTG Pactual.
Clube e empresa, de forma oficial, negam as informações que a reportagem obteve com várias pessoas que tomaram parte do encontro.
Porém, ao serem confrontados com o relato, ambos os lados reclamaram da quebra do acordo de confidencialidade que havia sido firmado e que, teoricamemte, duraria entre uma e duas semanas.
O presidente palmeirense, Arnaldo Tirone, esforça-se para manter a aparência externa de que tudo corre bem.
"Houve um diálogo, e colocamos situações importantes. Vamos aguardar os próximos dias para sentir como tudo evolui para continuar as discussões", disse, lacônico.
A WTorre informou que seu diretor Rogério Dezembro, que poderia falar sobre o assunto, estava em reunião.
Um novo encontro foi marcado para a semana que vem. Dirigentes afirmam que, então, a situação da arena será definitivamente resolvida, "para o bem ou para o mal".
Um possível parceiro financeiro que Walter Torre contava para a obra era Paulo Nobre, conselheiro e candidato derrotado na última eleição presidencial. Ele confirmou que estudou a ideia.
Nesta semana, Walter Torre passou a disparar contra o Palmeiras em seu Twitter e ameaçou parar as obras.


Texto Anterior: Italiano: Concorrentes do Milan entram em campo hoje
Próximo Texto: Exigências do Ministério Público e da prefeitura paulistana fazem orçamento de arena corintiana
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.