São Paulo, segunda-feira, 30 de maio de 2005

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VÔLEI

Seleções em quadra

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Esta semana é especial para a seleção brasileira feminina de vôlei. Na quarta-feira, quando estrear contra a Alemanha, no Torneio de Courmayeur, na Itália, o time vai iniciar, oficialmente, um novo ciclo olímpico. Das 14 jogadoras que estão treinando, apenas quatro disputaram os Jogos de Atenas.
No time titular, só duas estão definidas: a central Valeskinha e a líbero Fabi. Na outra vaga no meio, a disputa está entre Carol, com melhor bloqueio, e Fabiana, com ataque mais eficiente. Mas a dona da posição no futuro deverá ser Walewska, campeã italiana que ainda não se uniu ao grupo.
A seleção está com três levantadoras: Carol, Marcelle e Dani Lins. Canhota, mais veloz e ousada, Carol tem vantagem sobre Marcelle. Danielle Lins, a mais novinha, 20 anos, e a mais alta, com 1,83m, é a grande aposta para o futuro e para brigar pela vaga de titular em Pequim-2008.
Nas pontas, Paula é uma das titulares. A outra ponteira deverá ser Jaqueline ou Sassá. Na saída de rede, a briga está mais acirrada entre Raquel, Mari, Sheila e Renatinha. Vale lembrar que Mari também pode ser uma opção para a ponta. A minha aposta seria em Paula, Jaqueline e Mari no time titular.
O certo é que o técnico José Roberto Guimarães vai ter que construir um time. E para isso vem escolhendo algumas trilhas semelhantes as de 92, quando foi campeão olímpico com a seleção masculina. Um exemplo é a opção de voltar a trabalhar com a psicóloga Regina Brandão.
Como em 92, as jogadoras responderam questionários para definir o perfil psicológico de cada uma, o que vai ajudar o técnico a saber a melhor maneira de lidar com as atletas. Exemplo: algumas se sentem mais estimuladas e desafiadas com as cobranças. Para outras, funciona melhor um incentivo do que uma bronca.
As jogadoras também responderam questões como: qual seria o time titular ideal? Em caso de decisão do set, para quem levantariam a bola? Com quem têm mais afinidades? Enfim, perguntas que ajudam o técnico a desvendar em quem elas têm mais confiança na quadra e fora dela.
Essas respostas facilitam até durante as concentrações e viagens para o técnico decidir quem divide o quarto com quem. Afinal, em um grupo de 14 atletas é impossível que haja uma afinidade perfeita entre todas. Nada melhor que dividir o quarto com alguém mais próximo para não ter estresse desnecessário.
Neste primeiro torneio, o Brasil terá pela frente Alemanha, Sérvia e Montenegro, Itália e Rússia. Será o primeiro jogo contra as russas depois da traumática derrota para elas nos Jogos de Atenas, quando o Brasil vencia o quarto set por 24 a 19 e perdeu essa parcial e depois o quinto set.
Já na Liga, o Brasil conseguiu duas vitórias sofridas sobre a Venezuela, o carma do time de Bernardinho. Início de temporada sempre é complicado, mas nos dois jogos os ponteiros Dante, Murilo e, principalmente, Anderson falharam muito em momentos decisivos. A seleção precisa acertar esse ataque.

Italiano
Catorze brasileiros já acertaram contrato ou estão em processo de assinar para disputar a próxima temporada do Italiano. A maior surpresa foi a contratação de Radamés Lattari, ex-técnico da seleção, para comandar o Trentino. O time, que já conta com o central André Heller, poderá ter mais dois brasileiros: Dante e André Nascimento.
Italiano 2
O Cuneo, do atacante Giba, contratou o oposto Anderson, ex-Piacenza. O levantador Ricardinho vai continuar no Modena; o líbero Escadinha, no Piacenza; o central Henrique, no Latina; e o meio Gustavo, no Treviso. O ponteiro Murilo, ex-Suzano, e o central Felizardo vão jogar no Valencia. O levantador Maurício negocia com o Montechiari, e o atacante Felipe Chupita, com o Padova.

E-mail cidasan@uol.com.br

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