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VÔLEI
Seleções em quadra
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Esta semana é especial para a
seleção brasileira feminina
de vôlei. Na quarta-feira, quando
estrear contra a Alemanha, no
Torneio de Courmayeur, na Itália, o time vai iniciar, oficialmente, um novo ciclo olímpico. Das 14
jogadoras que estão treinando,
apenas quatro disputaram os Jogos de Atenas.
No time titular, só duas estão
definidas: a central Valeskinha e
a líbero Fabi. Na outra vaga no
meio, a disputa está entre Carol,
com melhor bloqueio, e Fabiana,
com ataque mais eficiente. Mas a
dona da posição no futuro deverá
ser Walewska, campeã italiana
que ainda não se uniu ao grupo.
A seleção está com três levantadoras: Carol, Marcelle e Dani
Lins. Canhota, mais veloz e ousada, Carol tem vantagem sobre
Marcelle. Danielle Lins, a mais
novinha, 20 anos, e a mais alta,
com 1,83m, é a grande aposta para o futuro e para brigar pela vaga de titular em Pequim-2008.
Nas pontas, Paula é uma das titulares. A outra ponteira deverá
ser Jaqueline ou Sassá. Na saída
de rede, a briga está mais acirrada entre Raquel, Mari, Sheila e
Renatinha. Vale lembrar que
Mari também pode ser uma opção para a ponta. A minha aposta
seria em Paula, Jaqueline e Mari
no time titular.
O certo é que o técnico José Roberto Guimarães vai ter que construir um time. E para isso vem escolhendo algumas trilhas semelhantes as de 92, quando foi campeão olímpico com a seleção masculina. Um exemplo é a opção de
voltar a trabalhar com a psicóloga Regina Brandão.
Como em 92, as jogadoras responderam questionários para definir o perfil psicológico de cada
uma, o que vai ajudar o técnico a
saber a melhor maneira de lidar
com as atletas. Exemplo: algumas
se sentem mais estimuladas e desafiadas com as cobranças. Para
outras, funciona melhor um incentivo do que uma bronca.
As jogadoras também responderam questões como: qual seria
o time titular ideal? Em caso de
decisão do set, para quem levantariam a bola? Com quem têm
mais afinidades? Enfim, perguntas que ajudam o técnico a desvendar em quem elas têm mais
confiança na quadra e fora dela.
Essas respostas facilitam até durante as concentrações e viagens
para o técnico decidir quem divide o quarto com quem. Afinal, em
um grupo de 14 atletas é impossível que haja uma afinidade perfeita entre todas. Nada melhor
que dividir o quarto com alguém
mais próximo para não ter estresse desnecessário.
Neste primeiro torneio, o Brasil
terá pela frente Alemanha, Sérvia
e Montenegro, Itália e Rússia. Será o primeiro jogo contra as russas depois da traumática derrota
para elas nos Jogos de Atenas,
quando o Brasil vencia o quarto
set por 24 a 19 e perdeu essa parcial e depois o quinto set.
Já na Liga, o Brasil conseguiu
duas vitórias sofridas sobre a Venezuela, o carma do time de Bernardinho. Início de temporada
sempre é complicado, mas nos
dois jogos os ponteiros Dante,
Murilo e, principalmente, Anderson falharam muito em momentos decisivos. A seleção precisa
acertar esse ataque.
Italiano
Catorze brasileiros já acertaram contrato ou estão em processo de assinar para disputar a próxima temporada do Italiano. A maior surpresa foi a contratação de Radamés Lattari, ex-técnico da seleção, para comandar o Trentino. O time, que já conta com o central André
Heller, poderá ter mais dois brasileiros: Dante e André Nascimento.
Italiano 2
O Cuneo, do atacante Giba, contratou o oposto Anderson, ex-Piacenza. O levantador Ricardinho vai continuar no Modena; o líbero
Escadinha, no Piacenza; o central Henrique, no Latina; e o meio Gustavo, no Treviso. O ponteiro Murilo, ex-Suzano, e o central Felizardo
vão jogar no Valencia. O levantador Maurício negocia com o Montechiari, e o atacante Felipe Chupita, com o Padova.
E-mail cidasan@uol.com.br
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