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BASQUETE
Atual campeão do mundo joga com anfitriã Alemanha, equipe que mais errou entre os times classificados
Seleção brasileira enfrenta líder em erros
LUÍS CURRO
enviado especial a Berlim
A seleção brasileira feminina estréia hoje na segunda fase do
Mundial da Alemanha contra a
equipe recordista em erros entre
as classificadas para esta etapa.
O Brasil, atual campeão do mundo, enfrenta as anfitriãs no primeiro jogo do Grupo F, em Berlim, às 15h (10h de Brasília), no ginásio Max-Schmeling-Halle.
As alemãs tiveram na primeira
fase 71 erros no total (média de
23,7 por partida). Só perdem para
o já desclassificado Congo, que teve um total de 80 erros.
Nas estatísticas, os erros são a
soma das bolas perdidas para as
adversárias com vários tipos de
violações, como "andadas", três
segundos no garrafão ofensivo,
passe para fora da quadra.
Entre as 12 seleções que participam da segunda fase (seis no Grupo E e seis no F), a Alemanha é
disparada a líder em erros. Depois
dela vem a China, com 48 erros
(média de 16 por partida).
"Constatei o problema, mas não
tenho uma solução para ele. Austrália e Cuba foram muito fortes e
agressivas na marcação contra
nós", declarou o técnico alemão
Bernd Motte, 42, há quatro anos
no comando da seleção.
Contra Cuba, a equipe teve 26
erros, e contra a Austrália, 23.
Mesmo na única vitória alemã, na
estréia contra o fraco Congo, a
equipe perdeu a bola 22 vezes.
A seleção brasileira, por sua vez,
foi a que menos errou na primeira
fase: 36 vezes (12 de média por jogo). A seguir vem a seleção húngara, com 37 (12,3 de média).
Informado pela Folha da quantidade de erros das alemãs, o treinador Antonio Carlos Barbosa, 53,
disse que o Brasil tem a opção de
"marcar sob pressão".
"Isso dá mais velocidade ao jogo
e pode forçá-las a andar a a dar
passes errados", afirmou ele.
"Temos que jogar muito forte
na marcação, para recuperarmos
mais bolas", acrescentou a ala-armadora Silvinha Luz.
A seleção roubou até agora 31
bolas (média de 10,3 por jogo),
sendo a oitava em eficiência no
Mundial. A líder é Cuba, com 43
roubadas (média de 14,3).
Barbosa afirmou temer a altura
das alemãs, que tem as pivôs Heike Roth e Marlies Askamp, ambas
com 1,91 m, e Olga Pfeifer, 1,89 m.
Por isso, o treinador disse poder,
durante a partida, colocar a reserva Cíntia Tuiú (1,96 m) ao lado de
Alessandra (2,00 m).
Se isso acontecer, a armadora
Helen Luz vai para o banco, e a ala
Paula volta à armação, como
aconteceu, com sucesso, na última
vitória contra a Hungria.
Bernd Motte disse não contar
com uma vitória contra as brasileiras. Tentará bater eslovacas e
húngaras para tentar chegar às
quartas-de-final. "Não creio que
temos chance contra o Brasil."
O Brasil está invicto, tendo vencido, além da Hungria, Coréia do
Sul e Eslováquia na primeira fase.
Além de Alemanha, enfrenta na
segunda fase Cuba, amanhã, e
Austrália, na segunda-feira.
No Grupo F ainda estão Eslováquia e Hungria, segunda e terceira
colocadas do Grupo D, vencido
pelas brasileiras. No Grupo E, em
Bremen, jogam EUA, Rússia, Japão, Espanha, China e Lituânia.
NA TV - Bandeirantes, ao vivo,
às 14h
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