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São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2003

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F-1

Com triunfo do caçula de Schumacher, ano tem 6 vencedores em 9 GPs, como em 83

Ralf quebra jejum em casa, e Mundial volta 20 anos

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A NURBURGRING

Foi como se a F-1 tivesse voltado no tempo ontem, em Nurburgring. À época de motores turbo, chassis de alumínio, ídolos como Prost, Lauda e Piquet, mecânicos cabeludos e garotas de shortinhos apertados circulando pelo grid.
A 1983. Temporada em que seis pilotos venceram os nove primeiros GPs. De lá para cá, isso nunca mais havia ocorrido. Até ontem.
Correndo no mais tradicional circuito da Alemanha, a 80 km de Kerpen, onde foi criado, Ralf Schumacher venceu o GP da Europa, nona etapa do campeonato.
Tornou-se, assim, o sexto vencedor diferente desta temporada.
Foi a sua quinta vitória na categoria e a primeira desde março do ano passado, na Malásia.
Além de Ralf, venceram neste ano Michael Schumacher (San Marino, Espanha, Áustria e Canadá), David Coulthard (Austrália), Kimi Raikkonen (Malásia), Giancarlo Fisichella (Brasil) e Juan Pablo Montoya (Mônaco).
Menos pelo novo regulamento e mais pelo crescimento de McLaren e Williams, o Mundial de 2003 ganha, assim, um equilíbrio que há 20 anos não era visto.
Em 2002, a esta altura do Mundial, Schumacher havia ganho seis provas e tinha 46 pontos de vantagem sobre Ralf, o vice. Duas provas depois, garantiu o pentacampeonato. A temporada de 1997, a mais equilibrada dos últimos anos, viu quatro pilotos vencerem nas nove primeiras etapas.
"É incrível vencer diante da minha torcida. O carro, definitivamente, está no caminho certo", disse Ralf, após a corrida.
Em segundo, estabelecendo dobradinha da Williams, chegou Juan Pablo Montoya. Rubens Barrichello, da Ferrari, completou o pódio em Nurburgring.
Largando em terceiro, atrás de Raikkonen e de Schumacher, Ralf pulou para segundo logo na largada, ultrapassando o irmão.
Com Raikkonen disparado na frente, impondo ritmo muito forte, o piloto da Williams se preocupou apenas em abrir uma vantagem segura para o ferrarista.
Ralf venceu a prova na 26ª das 60 voltas, quando o motor Mercedes-Benz do McLaren de Raikkonen explodiu em plena reta. Aí, o alemão assumiu a ponta. Não a deixou mais nem foi ameaçado.
O melhor momento da corrida, porém, veio na 43ª volta. Em terceiro, Montoya partiu para cima de Schumacher na freada para a curva Dunlop. Nenhum dos dois aliviou, e o choque aconteceu.
O ferrarista levou a pior e foi parar na caixa de brita. Empurrado por fiscais e até por um motorista de guindaste, voltou à corrida e ainda conseguiu cruzar a linha em quinto e assim se tornou o primeiro piloto da história a quebrar a barreira dos 1.000 pontos na carreira -chegou aos 1.003.


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