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F-1
Com triunfo do caçula de Schumacher, ano tem 6 vencedores em 9 GPs, como em 83
Ralf quebra jejum em casa, e Mundial volta 20 anos
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A NURBURGRING
Foi como se a F-1 tivesse voltado
no tempo ontem, em Nurburgring. À época de motores turbo,
chassis de alumínio, ídolos como
Prost, Lauda e Piquet, mecânicos
cabeludos e garotas de shortinhos
apertados circulando pelo grid.
A 1983. Temporada em que seis
pilotos venceram os nove primeiros GPs. De lá para cá, isso nunca
mais havia ocorrido. Até ontem.
Correndo no mais tradicional
circuito da Alemanha, a 80 km de
Kerpen, onde foi criado, Ralf
Schumacher venceu o GP da Europa, nona etapa do campeonato.
Tornou-se, assim, o sexto vencedor diferente desta temporada.
Foi a sua quinta vitória na categoria e a primeira desde março do
ano passado, na Malásia.
Além de Ralf, venceram neste
ano Michael Schumacher (San
Marino, Espanha, Áustria e Canadá), David Coulthard (Austrália),
Kimi Raikkonen (Malásia), Giancarlo Fisichella (Brasil) e Juan Pablo Montoya (Mônaco).
Menos pelo novo regulamento e
mais pelo crescimento de McLaren e Williams, o Mundial de 2003
ganha, assim, um equilíbrio que
há 20 anos não era visto.
Em 2002, a esta altura do Mundial, Schumacher havia ganho
seis provas e tinha 46 pontos de
vantagem sobre Ralf, o vice. Duas
provas depois, garantiu o pentacampeonato. A temporada de
1997, a mais equilibrada dos últimos anos, viu quatro pilotos vencerem nas nove primeiras etapas.
"É incrível vencer diante da minha torcida. O carro, definitivamente, está no caminho certo",
disse Ralf, após a corrida.
Em segundo, estabelecendo dobradinha da Williams, chegou
Juan Pablo Montoya. Rubens
Barrichello, da Ferrari, completou
o pódio em Nurburgring.
Largando em terceiro, atrás de
Raikkonen e de Schumacher, Ralf
pulou para segundo logo na largada, ultrapassando o irmão.
Com Raikkonen disparado na
frente, impondo ritmo muito forte, o piloto da Williams se preocupou apenas em abrir uma vantagem segura para o ferrarista.
Ralf venceu a prova na 26ª das
60 voltas, quando o motor Mercedes-Benz do McLaren de Raikkonen explodiu em plena reta. Aí, o
alemão assumiu a ponta. Não a
deixou mais nem foi ameaçado.
O melhor momento da corrida,
porém, veio na 43ª volta. Em terceiro, Montoya partiu para cima
de Schumacher na freada para a
curva Dunlop. Nenhum dos dois
aliviou, e o choque aconteceu.
O ferrarista levou a pior e foi parar na caixa de brita. Empurrado
por fiscais e até por um motorista
de guindaste, voltou à corrida e
ainda conseguiu cruzar a linha em
quinto e assim se tornou o primeiro piloto da história a quebrar
a barreira dos 1.000 pontos na carreira -chegou aos 1.003.
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