São Paulo, segunda-feira, 30 de julho de 2007

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de novo

Corinthians pifa e continua em jejum

Após fazer 2 a 0, time cede empate ao Flamengo no Morumbi e completa a nona partida sem vitória neste Brasileiro

Corinthians 2
Flamengo 2

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O chapéu de Dinelson, a conclusão sem chances para o goleiro Bruno e os 2 a 0 no placar com o relógio já mais pendente para o o término do jogo faziam com que os corintianos pudessem sentir a volta do gosto de uma vitória no Brasileiro.
Mas os erros da equipe espantaram um triunfo que estava quase concretizado. O resultado foi a reação do Flamengo e o empate no duelo entre os times de maior torcida do país, que foi visto por pouco mais de 5.000 pessoas no Morumbi.
Dois gols sofridos a menos de 20 minutos do fim do confronto transformaram a tarde para o Corinthians. Em vez de celebrar, enfim, a esperada vitória que não acontece desde o dia 10 de junho, os corintianos tiveram de explicar os motivos que levaram o time a acumular agora nove partidas sem triunfar.
"Essa era a vitória de que precisávamos. Mas infelizmente ela não saiu hoje", disse o lateral-direito Edson, certamente com a imagem do segundo gol flamenguista na retina -Léo Medeiros empatou o jogo, aos 36min do segundo tempo após o lateral corintiano tirar uma cabeçada em cima da linha.
Para os artilheiros corintianos de ontem, em vez de relembrar seus gols, sobrou a tarefa de explicar o fato de o Flamengo ter explorado o lado esquerdo da defesa do time e, por lá, criar as melhores jogadas.
Inclusive a do primeiro gol dos visitantes, com Souza após cruzamento de Leonardo Moura na linha de fundo, quando os corintianos reclamaram de saída de bola -e ela realmente ultrapassou a linha de fundo.
Clodoaldo nem teve espaço para falar do seu segundo gol pelo Corinthians -o primeiro do time ontem. Não pôde elogiar o passe de Willian, que o colocou na cara do goleiro Bruno, aos 37min da etapa inicial.
Teve apenas que se limitar às lamentações. "A gente teve totais condições de segurar o resultado. Mas, diante dos vacilos que todo mundo viu, a equipe não conseguiu sustentar o resultado", declarou o camisa 11.
Dinelson também não ganhou a chance de descrever o lance em que anotou 2 a 0 no placar, aos 18min da etapa final. Seguiu a linha de raciocínio de Clodoaldo. "É difícil explicar. O time tinha o jogo na mão aos 30min do segundo tempo."
Mas, enquanto os jogadores tiveram de se explicar, Carpegiani só fez silenciar. Antes da partida já avisara, via assessoria de imprensa do Corinthians que não concederia entrevistas por estar chateado com reportagens sobre sua equipe.
Chateado, mas não tanto como na semana passada, quando chegou a pedir demissão. Desta vez Carpegiani não sentiu tanto o baque por mais um resultado ruim em casa. Segundo os dirigentes do clube, ele segue no comando da equipe. "Ele é o nosso técnico. Não sai", disse o vice-presidente de futebol do clube, Rubens Gomes.
O cartola, aliás, não pareceu sentir o golpe pelo empate com sabor de derrota tanto quanto os jogadores. Gomes enxerga o time longe de sua atual posição, o 16º lugar com 16 pontos. "O Corinthians ainda luta para ser campeão", disse Gomes.
Contudo, para isso, a equipe precisa voltar a vencer, o que não acontece desde que o presidente do clube, Alberto Dualib, retornou de Londres, após 53 dias. Terá nova chance na quarta-feira, contra o Atlético-PR, em Curitiba.


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