São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 2008

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RÉGIS ANDAKU

Inversão saudável


Nadal, pelo que fez e está fazendo, merece ser o nº 1; Federer, como nº 2, quem sabe não volta a se animar?

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

NUNCA HOUVE um número dois do mundo tão bom quanto Rafael Nadal.
Nesta semana, o espanhol chegou ao seu 30º título no circuito. Isso aos 22 anos, um mês e 24 dias. Só Bjorn Borg e Jimmy Connors chegaram a tantos títulos tão rapidamente.
Anteontem, pela 158º semana consecutiva, ou seja, três anos, apareceu ocupando o segundo posto na lista da ATP. Nadal já ganhou Roland Garros três vezes e Wimbledon uma. Chegou à final de oito de nove Masters Series, 16 vezes no total. Ganhou 12 títulos em sete Masters Series -com essa diversidade, já igualou uma marca de Andre Agassi, uma década e pouco a mais no circuito para chegar a tal número.
O ano evidencia a superioridade deste número dois. Lidera a Corrida dos Campeões muito à frente do segundo, justamente o número um do ranking. É quem mais ganhou títulos, sete, com 61 vitórias. Desde maio, venceu 29 seguidas, em Hamburgo, Roland Garros, Queen's, Wimbledon e Toronto, tudo primeiríssimo nível. E o que este número dois diz? "Adoraria ser número um, mas sou o dois. Sou muito feliz por ser número dois porque com meus títulos, meus pontos, em uma situação normal, seria o um. Então penso que tenho de ficar muito feliz mesmo, já que sou número dois porque na minha frente existe um jogador espetacular: Roger Federer."
Não há dúvida de que Federer é espetacular, que chegou à liderança só pelos seus feitos. Federer, aliás, lidera a lista há 235 semanas, número que nem Borg nem Pete Sampras nem ninguém conseguiu até hoje.
O suíço, porém, não é neste ano o tenista que subiu ao topo e lá se manteve imbatível. Agora, Nadal está muito perto de ser o número um do ranking, e Federer, de ser o número dois. Pode ser nesta semana, neste próximo mês, ou nunca.
Não há dúvida de que Nadal merece ser o número um. E que Federer merece experimentar o gosto de ser o número dois -talvez seja essa a "faísca" necessária para inflamar novamente o suíço.
Nadal merece. Federer precisa. Tomara que assim seja.

EM BELO HORIZONTE
A capital tem o BH Open, da série challenger, até domingo no Dynamis Tennis Center.

EM CAMPOS DO JORDÃO
O Tênis Clube recebe o Credicard Citi MasterCard Tennis Cup, maior torneio feminino no Brasil.
A final será disputada no domingo.

EM BRASÍLIA
André Miele ficou com o título do Future de Brasília. No feminino, a campeã foi Nathalia Rossi.

A SEGUIR...
Tudo sobre tênis, nas próximas três semanas, estará no caderno Esporte, sem esta coluna.

reandaku@uol.com.br


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