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Máfia do apito tem julgamento hoje, em SP
MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O resultado de um julgamento hoje, no Tribunal de Justiça
de São Paulo, pode finalmente
dar continuidade -ou atrasar
ainda mais- a ação penal sobre
a "máfia do apito", esquema
criminoso que fraudou 11 partidas do Brasileiro de 2005.
Um grupo acertava previamente resultados dos jogos
com o árbitro Edilson Pereira
de Carvalho e depois lucrava
com apostas em sites.
Sete pessoas foram denunciadas por estelionato e formação de quadrilha. Todas estão
em liberdade. O processo está
parado desde outubro de 2007,
por decisão do desembargador
Fernando Miranda.
Ele interrompeu a ação até
que fosse julgado o habeas corpus pedido pela defesa dos
réus. O julgamento é hoje.
A defesa alega não ter a transcrição completa das gravações
telefônicas que formam a acusação. "Sem isso, é impossível
uma defesa completa", diz o advogado Sergio Alvarenga, que
representa o réu Pedro Brites.
O promotor José Reinaldo
Guimarães Carneiro, responsável pelo caso, afirma que a
transcrição de todas as gravações "levaria anos" e só atrasaria mais o processo. "Não faz
sentido perder tempo com trechos em que os acusados falam
de outros assuntos", disse.
Além de Miranda, julgarão o
recurso hoje os desembargadores Francisco Menin e Christiano Kunz. Eles vão decidir se
concedem ou negam o habeas
corpus. Vitória da defesa atrasará ainda mais a ação penal.
O processo começou em 24
de abril de 2006, com apresentação de denúncia contra Edilson Pereira de Carvalho, Paulo
José Danelon, Nagib Fayad,
Vanderlei Antonio Pololi, Daniel Gimenes, Fernando Francisco Catarino e Pedro Brites.
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