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São Paulo, sábado, 30 de agosto de 2003

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Cartilha de Parreira move sub-17

DA REPORTAGEM LOCAL

Equilíbrio entre defesa e ataque. Manter a posse de bola por mais tempo do que o adversário. Marcar sem apelar e muita disciplina.
A receita dos sonhos de Carlos Alberto Parreira para a seleção principal já é uma realidade para o time sub-17, que decide hoje, na Finlândia, às 10h, o Mundial da categoria contra a Espanha.
O time que vai tentar o terceiro título do país na competição, o que colocaria o Brasil como recordista isolado no número de taças do certame, tem números que chegam muito perto do ideal de boa equipe desejado por Parreira.
A equipe treinada por Marcos Paquetá, que venceu quatro jogos e empatou um em campos finlandeses, é letal no ataque (média de 2,8 gols por jogo) e, principalmente, segura na defesa.
O Brasil só foi vazado uma vez, no jogo de estréia, contra Camarões. Assim, tem a invejável média de 0,2 gol tomado por duelo.
Para ostentar números bons no ataque e na defesa, o time sub-17 segue o ponto mais básico da cartilha de Parreira.
Segundo levantamento feito pela Fifa, a seleção teve a posse de bola por mais tempo do que o rival nos cinco jogos que fez.
A cada partida, o time teve, em média, o controle das ações em 57% do tempo de jogo corrido.
Até agora, a equipe também conseguiu evitar o "desperdício". Na Finlândia, o time nacional acerta 48% das finalizações que tenta, marca que o colocaria com o melhor aproveitamento no fundamento no atual Brasileiro.
A equipe é capaz também, ao contrário de outras seleções brasileiras na temporada, de controlar os nervos. Em cinco partidas, o time não teve jogadores expulsos e acumulou apenas oito cartões amarelos no Mundial.
Dessa forma, para o duelo decisivo contra a Espanha, o técnico Paquetá terá o time completo.
Dois jogadores brasileiros entram em campo na disputa pela artilharia -os atacantes Abuda, do Corinthians, e Evandro Roncatto, do Guarani. Ambos têm quatro gols, ou um a menos do que o espanhol Cesc e o português Manuel Curto.
Se não conta com uma defesa segura, tomou nove gols em cinco partidas até agora, a Espanha, que eliminou a Argentina nas semifinais, conta com um ataque poderoso -tem até o momento a ótima média de 3,2 gols por jogo.

Novidade
O duelo de hoje será a primeira final de uma competição organizada pela Fifa disputada em um campo com grama artificial.
"Tenho certeza que este é o caminho do futuro", disse Joseph Blatter, o presidente da entidade, que prevê partidas da Copa do Mundo de 2010 sendo disputadas em piso sintético.


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